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quinta-feira, abril 18, 2024

Trabalhadores são resgatados em situação de escravidão no Oeste de SC

Treze trabalhadores eram mantidos em situação semelhante à escravidão em uma plantação de cebola, na região do aeroporto de Caçador, no Meio Oeste de Santa Catarina. Entre eles estavam dois adolescentes, uma delas grávida. A informação foi divulgada pela PC (Polícia Civil) de Caçador.

De acordo com os policiais, eles receberam a denúncia de duas vítimas que fugiram do local, durante a tarde de sexta-feira (28). Após ouvirem os relatos, eles se deslocaram até a área e constataram as péssimas condições do espaço, incluindo, questões sanitárias, de insalubridade, poucos alimentos e apenas um banheiro para todos os trabalhadores.

“Eles relataram que vieram de diversos Estados do país e que iriam trabalhar na colheita de cebola com a promessa de ganhar por produção. Além disso, teriam comida e alojamento sem custos adicionais. Porém, quando chegaram, passaram a ser cobrados pela alimentação e moradia, e por fim, estavam ganhando a metade do previsto”, explicou o delegado responsável, Renan Balbino Silva Araujo.

Foi constatado também que as pessoas eram submetidas a uma jornada exaustiva, “já que trabalhavam cerca de 11h diárias”, afirmou Araujo.

Por fim, os policiais deram voz de prisão em flagrante ao contratante, um empresário do ramo de cebola. Todos foram conduzidos para a Delegacia e ouvidos.

Após os procedimentos legais, o suspeito foi encaminhado ao Presídio Regional de Caçador. Conforme o delegado, como o crime é de competência federal, agora fica à cargo da Justiça Federal decidir se o acusado vai responder em liberdade ou será preso.

“Foi lavrado em flagrante pela Polícia Civil e encaminhado para a Justiça Federal da 7ª Vara, em Florianópolis. O flagrante está com a juíza plantonista, mas por enquanto não tem nada analisado”, informou a servidora plantonista da Justiça Federal.

Até às 14h32 deste sábado (29), a reportagem não conseguiu contato com o advogado de defesa do acusado.

Os trabalhadores foram encaminhados para uma casa, disponibilizada pela Assistência Social de Caçador, que vai ficar encarregada de viabilizar o retorno para seus respectivos Estados.

Via ND Mais

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