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quinta-feira, abril 25, 2024

Moradores relatam sofrimento sobre a cheia do Rio Sangão

Os moradores da Cidade Alta e Sangão, Jailson da Silva Rosa e Gustavo Aléssio Duminelli, marcaram presença na Câmara de Forquilhinha nesta segunda-feira, dia 15, para relatar o sofrimento vivenciado pelos moradores com mais uma cheia do Rio Sangão. Segundo eles, o estrago provocado pelo ciclone que passou nos dias 9 e 10 de agosto é considerado o pior de todos.

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“Era uma tragédia anunciada, nós falávamos sobre isso há muito tempo. Na semana passada, minha mãe perdeu tudo junto com vizinhos. Vocês não sabem o que é não ter nada dentro de casa e nem comida. Já passei por seis enchentes e sei o que é sentir na pele perder tudo. A situação foi pior que a de 1974”, desabafa Gustavo Aléssio Duminelli.

A comunidade solicita com urgência o desassoreamento do Rio Sangão. “No final de abril tivemos aqui na Câmara demonstrando a nossa preocupação, e o que temíamos aconteceu. Já passou da hora de fazer o desassoreamento desse rio e precisa ser rápido, não podemos mais esperar”, relata Jailson da Silva Rosa, acrescentando que machucou os dedos de tanto utilizar baldes para retirar a água de dentro de casa.

O vereador José Nardi (PSD) também teve problemas durante o ciclone. “Moro há 42 anos ao lado do rio, no bairro Nova York, e essa foi a pior cheia que vi do Rio Sangão. Não sei o que aconteceu que a água subiu tão rapidamente, tive que ajudar outras pessoas a saírem de casa. O Rio Sangão precisa ser limpo por completo”, declara.

O presidente da Câmara disse que o município aguarda um relatório sobre os rejeitos que há no rio para conseguir autorização do desassoreamento. “Essa Casa está com o olhar atento e cobrando junto com o Executivo, mas infelizmente dependemos de outros organismos para liberar qualquer intervenção no Rio Sangão. Com o laudo concluído, não vão poder negar esse trabalho por conta de tudo o que a comunidade está sofrendo”, ressalta Célio Elias (PT).

Todos os vereadores se solidarizam com as pessoas que perderam tudo pela força das águas. O volume de chuva foi superior a 150 milímetros em um período de 24 horas. Segundo os dados preliminares divulgados pela Defesa Civil de Forquilhinha, cerca de 500 pessoas foram atingidas, sendo 126 desabrigadas e encaminhadas para a Escola de Educação Básica José Aléssio e 338 desalojadas e que foram para casas de familiares.

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