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quarta-feira, abril 24, 2024

Sessão na Câmara de Urussanga termina em briga devido a diárias

Já virou rotina. Mais uma vez, a sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Urussanga foi marcada por discussões acaloradas e que por pouco não terminaram com vias de fato. Tanto que o encontro da última terça-feira foi encerrado ainda em cerca de 30 minutos, após um bate-boca por diárias.

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A discussão teve início devido a divergências entre o presidente da Casa, o vereador Elson Roberto Ramos, o Beto Cabeludo (MDB), e os vereadores do Partido Progressista(PP), sobre os critérios para concessão do veículo oficial da Câmara e de diárias para parlamentares e servidores. Isso porque Odivaldo Bonetti solicitou a votação de um recurso em plenário para ressarcir as despesas que teve com viagem a Florianópolis para visita a deputados, alegando que foi com o seu carro, e reclamou que nenhum dos três integrantes da bancada, além de um assessor, havia recebido a diária sem pernoite, estabelecida em R$ 200.

Segundo Bonetti, os vereadores da bancada progressista solicitaram o uso do veículo e as diárias para irem até Florianópolis, onde teriam reuniões comdeputados, maso pedido foi indeferido pela presidência, sem justificativa. “É um direito dos vereadores se deslocarem até qualquer outro lugar e receber as diárias, que é um reembolso das despesas. Portanto, estou nesse momento pedindo a colaboração de todos os vereadores, pois todos vocês se utilizam da mesma forma. Não é porque nós somos do PP que vai ser negado esse direito do vereador, de buscar recursos para Urussanga”, disse. Ele também alega que a recusa é dada apenas aos membros do PP, e que o Legislativo sempre concede o transporte e os pagamentos.

Já o Fabiano De Bona (PSDB), disse ser um exagero o deslocamento de três vereadores. “Eu só acho que não teria necessidade de todos os vereadores da bancada, e por isso o meu posicionamento é contra. Eu sou a favor da presidência, e negar”.Foi quando a discussão ficou ainda mais intensa.

Quando o presidente pediu a palavra, para discutir o caso, Bonetti elevou o tom. “Porque o senhor está negando do Partido Progressista. Tem algumacoisacontra, senhor presidente?O senhor não tem esse direito”, disse Bonetti.

O vereador Luan Varnier (MDB) pediu a ordem, e Bonetti continuou a discussão com Beto. “O senhor e o Luan foram a Florianópolis e receberamdiária e foram como carro da Câmara. E foram para Brasília também e receberamdiária. O que esse presidente estáfazendo?Impedindo o Partido Progressista, os vereadores eleitos pelo povo de trabalhar”.

A sessão então foi suspensa, e mesmo assim, o bate-boca ficou ainda mais acalorado, com gritos do vereador Thiago Mutini (PP). Com isso, o presidente acionou o Artigo 155, inciso III do Regimento Interno e encerrou os trabalhos.

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