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quinta-feira, março 28, 2024

Servidores públicos de Criciúma protestam em frente à casa de vereador

Gustavo Milioli/Tribuna de Notícias
Criciúma

A tumultuada sessão da Câmara de Vereadores de Criciúma na terça-feira da semana passada ainda está dando o que falar. Na noite da última quarta-feira, véspera de feriado, membros do Sindicato dos Servidores Públicos de Criciúma e Região (Siserp) estiveram em frente ao edifício onde mora o vereador Nícola Martins (PSDB) para protestar. O motivo: os votos do parlamentar a favor de Projetos de Lei encaminhados pelo Executivo que reajusta o salário dos servidores públicos e traz diferenças de valores nos cupons de alimentação.

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Líder do governo na Casa Legislativa, Martins se pronunciou por meio de um vídeo afirmando estar incrédulo com a ação do Siserp. “São 10h30 da noite, acabei de chegar em casa. Estava dando aula, com o celular desligado. Fui surpreendido por várias mensagens dizendo que estavam protestando em frente a minha casa por conta do posicionamento que eu tive. Vieram na frente do prédio em que eu moro protestar pelos meus votos na Câmara e disseram que irão na casa dos outros vereadores também. Eu não me importo com isso. Fico chateado pelas outras 59 famílias que moram nesse prédio. É um desrespeito com a propriedade privada, com a privacidade das pessoas”, esbravejou.

Martins aproveitou a oportunidade para reafirmar a sua aprovação pelos projetos votados na última semana. “Estou super tranquilo. Eu voto com convicção, eu voto sob estudos. Recebi servidores aposentados e na ativa no meu gabinete, assim como todas as pessoas sempre serão muito bem recebidas no meu gabinete. Na minha casa, não. Na minha casa, vocês não vão entrar. E algazarra em frente ao meu prédio, também não irei aceitar. Isso não é democracia”, enfatizou.

Siserp lamenta falta de diálogo e planeja novos protestos

Segundo o sindicato, a atitude só foi tomada pela falta de diálogo dos servidores junto ao Executivo criciumense. Na manifestação, o Siserp nomeou os 14 vereadores que votaram a favor das propostas de ‘fantoches do Salvaro’.

“O vereador não dialoga com os servidores públicos, simplesmente porque o prefeito não quer que façam nada que não tenha a autorização dele. Para que todos saibam, a cidade de Criciúma, hoje, não tem um prefeito. A cidade de Criciúma vive como se tivesse um reinado, porque o prefeito, além de comandar a prefeitura, também comanda a Câmara. Tudo o que é feito lá tem a sua aprovação”, frisa Reginaldo Bernardo, vice-presidente do Siserp.

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