Gustavo Milioli
Criciúma
A conta não está fechando no Hospital São José. A instituição criciumense realizou uma prestação de contas na última sexta-feira para expor a situação financeira atual. A diretoria
do hospital prevê um déficit de mais de R$ 40 milhões até o final do ano, caso não receba
novos investimentos.
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O Hospital São José fechou o ano passado com um índice de 96% dos atendimentos
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas as receitas provenientes do poder público não acompanharam a demanda. Como uma entidade filantrópica referência em todo o Sul
do Estado, os diretores trabalham para reverter a situação sem a redução dos serviços.
Balanço
No momento, a instituição recebe cerca de R$ 8,9 milhões por mês no contrato com o SUS, o que inclui um aporte de até R$ 2 milhões do Estado. Também recebe R$ 50 mil por mês como incentivo da Prefeitura de Criciúma. O prejuízo mensal é estimado em R$ 3 milhões, explana o médico e diretor técnico do hospital, Raphael Elias Farias.
“Estamos trabalhando com dificuldade ao longo dos últimos anos. Nós sempre tivemos um déficit do SUS com relação a receitas e despesas, mas isso se intensificou no pós-pandemia. Os custos aumentaram muito em todos os sentidos. Essa conta está nos
preocupando, é uma conta que ultimamente não tem fechado e esse déficit mensal pode chegar a valores muitos altos e inviabilizar o serviço”, aponta.
De acordo com o diretor, o hospital ainda tem conseguido manter os vencimentos em
dia, sem prejudicar os atendimentos. No entanto, as despesas com os fornecedores já
começam a pesar. “Temos um comitê de crise, o Planejamento Estratégico de Urgência, e
com toda essa reestruturação estamos tentando viabilizar novos serviços e receitas. Ainda
estamos tentando reduzir custos, mas estamos primando pelo aumento da receita”, coloca Farias.
Leia a matéria completa na edição desta segunda-feira, 15 do jornal impresso Tribuna de Notícias.
