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sexta-feira, abril 19, 2024

Criciúma: reaproveitar água é alternativa sustentável e econômica

Thais Borges/Especial Tribuna de Notícias
Criciúma

Reutilizar água é uma forma de contribuir com o meio ambiente, além de colaborar com as finanças domésticas. Muitas pessoas ainda não racionam água, mas para outras, aproveitar o recurso natural é indispensável, tanto na parte ambiental, quanto economicamente falando.

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Do ponto de vista reaproveitável, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera que a escassez de água já afeta quatro em cada dez pessoas e 80% das águas residuais retornam ao ecossistema sem serem tratadas ou reutilizadas. Também é previsto que a situação piore, pois a demanda global pode aumentar até 2050 devido ao crescimento da população mundial.

Como uma forma de preservar o meio ambiente, algumas organizações moradores de Criciúma já se adéquam a essa demanda. Juliete Gonçalves Corrêa, de 28 anos, professora e confeiteira, usa a água da máquina de lavar roupas para a limpeza da casa. “Eu boto bacias para pegar água da máquina. Utilizo a parte do amaciante, ele sai limpinho, cheiroso”, conta Juliete. “Eu utilizo para lavar os panos de chão e para limpar a casa. Às vezes uso para limpar o banheiro, a garagem, para lavar as roupas do meu cachorro”, afirma.

São mais de 10 anos de reuso. “Para mim, é uma água que vai fora e que está limpa. É uma forma muito boa que eu achei para reaproveitar”, declara. “Eu sou bem chata em relação a economizar. A gente nunca sabe o dia de amanhã. Eu estou pensando no futuro dos meus filhos, dos meus netos. Eu penso assim: eu fazendo a minha parte, está ótimo. Cada um faz o que pode”, defende.

Na garagem dos ônibus do Grupo Forquilhinha existe uma captação de água da chuva desde quando o espaço começou a ser utilizado, há 40 anos. O método gera uma economia mensal de mais de um milhão de litros de água.

O recurso é usado para lavar os ônibus da empresa diariamente. São em média 130 veículos que passam pela limpeza. Além de a água ser captada, equipamentos foram adquiridos há 12 anos e fazem uma filtragem do elemento natural.

A água oriunda da chuva é captada do telhado de um pavilhão de 100 metros por 20. “Tinha essa dificuldade, que era pouca água e o consumo era grande. Já fizeram a estrutura da garagem pensando nisso”, relembra Rodnei Dal Toé Tiscoski, gerente operacional do Grupo Forquilhinha. “Toda essa água que cai no telhado é armazenada, não vai fora”, complementa.

O armazenamento fica localizado na Estação de Tratamento de Água Residual. “Ali a gente faz toda a análise da água, mede o ph, bota cloro para manter a água limpa”, conclui Tiscoski. A ação faz parte da missão e visão do grupo.

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