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sexta-feira, abril 19, 2024

Criciúma: A coroação de Antônio Deoclésio Pavei

Tiago Monte

Criciúma

Aos 69 anos, o empresário Antônio Deoclesio Pavei, fundador da Pavei Empreendimentos, viverá, nesta sexta-feira, dia 24, um dos momentos de maior emoção nos 50 anos de carreira profissional. Ele receberá Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina de 2022. A distinção é entregue pela Federação das Indústrias (FIESC) a, no máximo, cinco pessoas por ano. A condecoração será realizada a partir das 10h30min na sede da entidade, em Florianópolis. “Para mim é uma alegria. Fiquei muito feliz por receber esse Mérito. Eu não esperava receber um título desse, mas é muito gratificante. A gente vê que, trabalhando com muita dedicação e fazendo as coisas certas, vale a pena. Ser reconhecido é muito importante”, destaca o empresário.

A Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina foi instituída pela FIESC no ano de 2000 para reconhecer personalidades e instituições que atuam na promoção do desenvolvimento da indústria catarinense. “Eu não imaginava receber esse prêmio porque a gente vai construindo aos poucos e as coisas vão acontecendo. Graças ao trabalho e a Deus, chegamos onde chegamos. Vai ser emocionante e um momento histórico para mim e para a minha família”, diz Pavei.

São 40 anos de empresa e mais de 100 empreendimentos construídos. Com perfil de muita coragem e conhecimento do negócio, Pavei olha para a trajetória com a certeza de que todos os passos foram dados com os pés firmes no chão e sempre olhando para o futuro.“A gente trabalhando com bastante afinco e fazendo as coisas certas, sempre com muita humildade e respeitando as pessoas, vale a pena. Para mim, valeu a pena”, diz.

A origem no trabalho agrícola

Natural de Araranguá, onde nasceu em 26 de dezembro de 1952, na localidade de Espigão da Pedra, Antônio Deoclesio Pavei é filho de Pedro Liberato Pavei e Letícia Darós Pavei que, além dele, tiveram mais oito filhos. A família vivia da agricultura, onde Pavei também trabalhava, ao lado dos pais e irmãos.

Aos dez anos surgiu a oportunidade de ingressar no Seminário Rogacionista, onde foi matriculado. Mas o sacerdócio não era o que o futuro lhe reservava. Após quatro anos de seminário retornou para casa, onde seguiu trabalhando na roça. Mesmo sem condições de seguir nos estudos, Pavei tinha o sonho de seguir a profissão de pedreiro. Aí sim, estava sendo trilhado o destino do futuro construtor de prédios.

Na década de 1970 então começaram as oportunidades de trabalho. Inicialmente ajudando nas construções próximas da casa da família, na região da Quarta Linha, em Criciúma. Uma das primeiras oportunidades foi na construção do Posto Rosso, na BR-101. Essas primeiras experiências de servente serviram como aprendizado a cada obra. Algum tempo depois Pavei retornou a trabalhar com o pai, que estava adoentado.

O próximo trabalho seria em Morro da Fumaça, onde ficou por seis meses, quando foi convidado pelo seu primo, Renolfo Pavei, que o convidou para a construção de um prédio residencial no Balneário Arroio do Silva.

O final dos anos 1970 seriam de novos projetos. Ainda trabalhando ao lado do  primo, em 1979 a parceria virou sociedade. Naquele momento os sócios, de pedreiros, passaram a empreitar as obras.

O maior cliente da época era a construtora BBS, com muitas obras na região de Criciúma e Araranguá. É nesta fase da vida que Pavei constitui família, casando-se com Claudete da Rocha Pavei. Ao lado da esposa segue trilhando o caminho de construtor.

*Especial completo na edição deste final de semana do TN

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