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Criciúma
sexta-feira, abril 19, 2024

Combustíveis sobem a partir de hoje

Tiago Monte

Criciúma

O primeiro aumento dos combustíveis, em 2022, acontece a partir de hoje. A Petrobras comunicou ontem que os preços da gasolina e do diesel, para as distribuidoras, serão reajustados. Os novos valores já estão vigentes. Segundo a estatal, o preço médio de venda da gasolina, para as distribuidoras, passará de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, o que representa um aumento de 4,85%. O valor do diesel vai subir de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro, alta de 8,08%. “É uma vergonha. Pelo que estou checando aqui, será um aumento de 20 centavos no preço final da gasolina e quase 30 centavos no diesel. Pedi uma confirmação da companhia, mas não me passaram ainda. É muita coisa”, dispara Paulo Roberto Benedet, o Beto, que é proprietário de posto de combustível em Criciúma.

Em dezembro do ano passado, a Petrobras chegou a reduzir o preço dos combustíveis em 3,13%. Foi a primeira queda desde 12 de junho. “Teve uma redução pequena em dezembro. A gente até estava entusiasmado, achando que poderia reduzir mais e agora vem um aumento. É um absurdo. E tudo sem explicação: de onde esse aumento? De onde vem? Caiu o volume de todo mundo, quer dizer: tá sobrando petróleo. O dólar não está tendo oscilação. De onde vem o aumento? Qual o subsidio para aumentar? Estão de brincadeira. É revoltante”, desabafa Beto.

O empresário destaca que o aumento é ruim também para o revendedor, não apenas para o consumidor. “Para nós é terrível. O dono do posto é quem mais sofre, pois quanto maior o preço da gasolina, pior é. Precisamos de mais capital de giro para trabalhar e a gente só repassa. A nossa margem é de centavos e, no fim, eu só repasso”, pontua.

O aumento reflete apenas em repasse para os donos de postos. “Anunciaram aumento de quase 5%. Se eu fosse aplicar isso no preço, daria mais de 30 centavos, mas eu vou repassar só os 20 (centavos) que a companhia vai me repassar, praticamente. Isso, no final, diminui a minha margem percentual. Piora e bastante para a gente”, destaca.

Volume de vendas cai nas bombas

Beto percebe uma diminuição no volume de vendas de combustíveis nestes primeiros dias de 2022. “Esse começo de ano já está terrível, não está vendendo nada. Teve uma redução de mais 15% no volume de vendas. O pessoal está andando menos, tem muita gente de férias e optando por não viajar, pois caiu a venda, em relação ao ano passado, que estava em um período complicado da pandemia”, justifica.

*Confira a matéria no jornal TN de hoje

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