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segunda-feira, março 18, 2024

SC tem queda de 34% na média de novos casos diários de Covid

Santa Catarina registrou queda de 34,3% na média de novos casos diários da Covid-19, segundo estudo do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), divulgado no último sábado, 13.

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Conforme o boletim, levando em conta os registros da doença apresentados pelo governo estadual entre os dias 6 de agosto até a última sexta-feira, 12, a média caiu de 1.157 para 760 casos confirmados diariamente ao final da semana analisada.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos, Lauro Mattei, o patamar ainda pode ser considerado bastante elevado quando comparado ao comportamento do mesmo indicador verificado nos meses finais de 2021, quando essa média se situava entre 350 a 400 registros diários.

Os casos ativos apresentaram uma queda na última semana que se traduziu em uma redução de 25% durante o período considerado, implicando em menos 1.952 pessoas positivadas.

Todavia, de acordo com o estudo, essa queda dos casos ativos não quer dizer que a doença esteja apresentando uma desaceleração consistente, uma vez que a circulação do vírus continua acelerada no Estado.

Regiões

O boletim do Necat registra o avanço dos casos ativos na região da Grande Florianópolis, que passou a responder por 22,5% do total estadual, percentual que em termos absolutos somava 1.331 pessoas positivadas, o maior número absoluto dentre todas as regiões do Estado.

O estudo destaca também as regiões do Planalto Norte-Nordeste, com 17% do agregado estadual de casos, e Grande Oeste, que passou a responder por 20% das pessoas positivadas.

A matriz de alerta epidemiológico para a Covid-19 atualizado neste domingo (15) mostra que Santa Catarina tem 17 cidades classificadas em nível alto na incidência de casos de Covid-19.

Vale ressaltar que são classificados em nível alto os municípios que registram incidência de 200 casos ou mais da doença a cada 100 mil habitantes na semana epidemiológica anterior.

Confira as cidades com alta incidência:

  • Princesa
  • Novo Horizonte
  • Galvão
  • Coronel Martins
  • União do Oeste
  • Águas Frias
  • Planalto Alegre
  • Formosa do Sul
  • Lajeado Grande
  • Faxinal dos Guedes
  • Itá
  • Matos Costa
  • Macieira
  • Rio das Antas
  • Ibicaré
  • Ibiam
  • Morro Grande

Óbitos

Já os óbitos apresentaram uma oscilação superior àquela registrada na primeira semana de agosto, fazendo com que a média diária ficasse no patamar de 6,1 óbitos diários. Isso representa a ocorrência de mais 43 mortes pela doença na semana considerada.

Com isso, somente em 2022 aproximadamente 2.113 pessoas morreram vítimas da doença em Santa Catarina.

Leitos de UTI

O Necat aponta que mesmo diante do cenário de continuidade da expansão da contaminação da população catarinense pela Covid-19, a situação não está causando maiores impactos sobre a estrutura hospitalar estadual de saúde.

Isso porque a taxa de ocupação dos leitos UTI-SUS pela doença, mesmo com ligeiras oscilações, permaneceu baixa em todas as regiões na segunda semana de agosto.

Já a taxa de ocupação geral dos leitos de UTI-SUS se manteve estável em praticamente todas as mesorregiões do Estado, porém em um patamar ainda alto, exceto no Sul Catarinense e no Planalto Norte/Nordeste, cujas taxas de ocupação ficaram abaixo de 90%.

“Sem dúvida, esse cenário de baixa ocupação da estrutura hospitalar por pessoas acometidas pela Covid-19 que vem sendo registrado ao longo dos últimos meses pode ser creditado aos efeitos benéficos da vacinação completa da população contra a doença, a qual evita uma maior pressão sobre a rede hospitalar pública de saúde do Estado”, avalia.

Nesta segunda, a taxa de ocupação de leitos de UTI SUS geral é de 90,3%. Já a taxa de ocupação para leitos de UTI SUS para tratamento da Covid-19 é de 68,9%, conforme o painel da SES (Secretaria de Estado da Saúde).

Vacinação

O boletim do Necat demonstra preocupação com as taxas de vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina. Nesta segunda-feira, o Vacinômetro da SES mostra que 82% da população vacinável está com o esquema primário completo.

Já as doses de reforço foram aplicadas em 57% da população maior de 12 anos. Apenas 1,5% das crianças entre 3 e 4 anos foram vacinadas.

“Em todas as faixas etárias ainda é grande o número de pessoas que sequer completou o esquema primário de vacinação (primeira e segunda doses). E salta aos olhos o número de pessoas que sequer tomou a primeira dose de reforço”, expõe.

A pesquisa diz que no início de julho eram mais de 700 mil pessoas somente nas faixas etárias acima de 50 anos que estavam com calendário vacinal da primeira dose de reforço em atraso.

Além disso, o Necat registra o fracasso da vacinação infantil, tanto das crianças na faixa entre 5 a 11 anos como na nova faixa de idade, de 3 a 4 anos.

“Por isso, é importante que todos procurem manter seu calendário vacinal em dia, do contrário, o controle efetivo da pandemia permanecerá incerto e indeterminado no tempo”, conclui.

*Via ND+

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