Desde o começo do ano, foram registrados quase 400 mil casos prováveis de dengue no Brasil. O número representa um aumento de 95% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde na segunda-feira, 18.
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Até o momento, são 184 casos para cada 100 mil habitantes neste ano. Foram confirmados 112 óbitos por dengue no país, das 280 pessoas que desenvolveram agravamento da doença.
Razões do aumento
A segunda vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Rosylane Rocha, descreveu à Agência Brasil, dois fatores que podem explicar esse aumento considerável.
O primeiro é que a dengue é uma doença sazonal, com maior incidência em períodos de chuva e calor. E, como este ano muitas regiões tiveram chuvas acima do esperado, favoreceu o acúmulo de água, situação propícia para o surgimento de focos do mosquito transmissor.
Outro motivo, segundo Rosylane Rocha, é que o medo da Covid-19 fez muita gente procurar atendimento médico, aumentando os registros oficiais de casos de dengue, já que, no início as duas doenças têm sintomas parecidos.
Dados da dengue em SC
Informativo divulgado pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina) no dia 13 de abril apontava para 14.497 casos confirmados, além de 11 óbitos confirmados pela doença e outros 13 em investigação pelas secretarias municipais de saúde.
Nesta semana, a Secretaria de Saúde de Joinville, no Norte do Estado, confirmou o primeiro óbito em decorrência de dengue este ano. A vítima, foi um homem, de 65 anos, que morava no bairro Comasa, na zona Leste da cidade.
Os casos confirmados subiram 53% em relação ao boletim anterior, quando havia 9.422 casos confirmados. As cidades que registraram óbito, segundo a Dive/SC, foram Brusque (1), Chapecó (3), Caibi (1), Xanxerê (1), Criciúma (1), Itá (1), Palmitos (2) e Romelândia (1).
As mortes em investigação são nas cidades de Ascurra, Abelardo Luz, Blumenau, Brusque, Chapecó, Guaraciaba, Itá, Joinville, Maravilha, Palmitos e Seara.
A reportagem tentou contato com a SES (Secretaria de Estado da Saúde) e com a Dive/SC para comentar sobre a situação, mas não obteve retorno até a publicação.
*Via ND+