
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) anunciou nesta quinta-feira, 5, que assinou um acordo de cooperação tecnológica com a farmacêutica americana MSD (Merck Sharp e Dohme) para a produção no Brasil do primeiro medicamento para tratamento contra a Covid-19.
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Conforme a Agência Brasil, o acordo foi assinado na última terça-feira, 3. Vale ressaltar que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde) autorizou na última quarta-feira, 4, o uso emergencial do medicamento no país. O pedido foi protocolado pela farmacêutica americana ainda em novembro.
Fiocruz será responsável pela importação, administração, testagem, armazenagem, embalagem, rotulagem, liberação e fornecimento do medicamento para o SUS (Sistema Único de Saúde).
O planejamento para os próximos dois anos é transferir a tecnologia para a produção 100% nacional, após avaliação das condições técnicas e demandas do SUS pelo medicamento.
Além disso, o acordo prevê a condução de ensaios clínicos para verificar a eficácia em um eventual uso profilático para a Covid-19, ou seja, para a prevenção da doença.
Assim como realizar estudos experimentais da atividade do medicamento contra a dengue e da chikungunya, por exemplo. A farmacêutica americana vai monitorar e prestar assistência nas atividades para a transferência parcial de tecnologia.
A MSD garante que o molnupiravir reduz de forma significativa as hospitalizações e até 89% das mortes por Covid-19.
O diretor de Farmanguinhos (Instituto de Tecnologia Fármacos), Jorge Mendonça, explicou que o acordo vem sendo discutido desde o começo de 2021 e as negociações resultaram em um projeto de grande potencial também para o tratamento de outras doenças.
“Faz mais de um ano que a gente vem conversando com a MSD e acompanhando toda a evolução dos testes e dos resultados, na torcida, porque tínhamos uma pandemia e toda uma população para tratar. Acho que chegamos a um documento bastante robusto, não só no sentido de trazer mais uma ferramenta de combate à covid-19, mas também de internalização do produto e de utilização dele para outras doenças importantes para o SUS”, complementa.
*Via ND+
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