Tiago Monte
Criciúma
O “ouro negro” ainda faz parte da rotina de Criciúma. Embora esteja em processo de ressignificação, a indústria do carvão gira, como um todo, cinco bilhões de reais por ano e gera mais de 20 mil empregos – entre diretos e indiretos. “A indústria do carvão vem desde a mina, passa pelo transporte – temos a Ferrovia Tereza Cristina, que vive em função do carvão, até a usina Jorge Lacerda, que é o coração de toda a cadeia produtiva. Depois tem o cimento, com a parte da cinza da usina, que vai para Imbituba”, comenta o engenheiro e presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineiral (ABCM), Fernando Luiz Zancan.
Boa parte dessa história do carvão e da movimentação econômica do carvão cai em cima de Criciúma, de uma forma direta ou indireta. Assim, o carvão é extremamente importante para a cidade, onde tem a cultura. “Só a Satc é uma unidade de ensino que tem cinco mil alunos estudando. O Centro de Tecnologia de Carvão, hoje, é o centro de inteligência de carvão no Brasil e na América Latina. Ele tem todos os projetos e é um grande captador de dinheiro”, comenta. “Só no ano passado foram captados 8 milhões de reais para o Centro de Tecnologia, em projetos que foram captados para colocar dentro de Criciúma. E isso é bastante, é dinheiro que entra de fora para dentro”, completa Zancan.
A importância do carvão é histórica, atual e futura. “Você está trabalhando hoje para desenvolver novas indústrias, que venham do próprio carvão. Tudo tem uma ligação umbilical com uma cidade”, enfatiza.
*Matéria completa no TN desta quinta-feira