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Criciúma
sexta-feira, março 29, 2024

Coronel Fraga deixa o comando da 6ª Região da PM

Érik Borges

Criciúma/Araranguá

O coronel Evandro Fraga deixa hoje o comando da 6ª Região da Polícia Militar (PM), que compreende os municípios da Região Carbonífera (Amrec) e Extremo Sul (Amesc). A solenidade de passagem do cargo ocorre às 15h, na sede da PM, em Criciúma. Fraga assumirá a chefia da Agencia Central de Inteligência, que é um órgão de Assessoria do Comando Geral da PM.

Ele estava à frente do cargo desde abril do ano passado, quando o então comandante, coronel Cosme Manique Barreto entrou para a reserva remunerada. Nesse meio tempo, a pandemia de coronavírus surpreendeu a todos e provocou uma série de mudanças na sociedade, fazendo com que diversos órgãos da sociedade precisassem se adaptar à nova realidade.

E na Polícia Militar não foi diferente. Fraga conta que uma série de mudanças precisou acontecer com relação a pessoal, material, logística, inteligência, comunicação e de relações públicas. “O período de comando regional foi de superação das dificuldades, diante das novas demandas de atuação da polícia ostensiva de preservação da ordem pública, provocadas pela Covid-19. Tivemos que adaptar rapidamente a estrutura diante das mudanças das normas, do impacto da doença na policial militar e da própria incidência criminal”, revela Fraga.

Segundo ele, mesmo com os índices criminais violentos (letais e intencionais) em queda, em um determinado período a violência doméstica registrou aumento e gerou ainda mais preocupação para as autoridades. “Apresentamos o nosso Plano de Comando, devidamente baseado no fundamento estratégico da PM, trabalhando a iniciativa, o pensamento crítico, a criatividade e a inovação, priorizando e valorizando as pessoas”, acrescenta Fraga.

Ainda de acordo com o comandante, foi construída uma cultura de planejamento, levando em consideração as participações dos comandos subordinados, com a produção de conhecimento ao mesmo tempo em que o fluxo da comunicação foi aperfeiçoado para obter vantagens diante de problemas futuros.

“A minha gratidão aos nossos valorosos policiais militares, que foram fantásticos na prevenção e na repressão qualificada, com indicadores importantes de prisões e de apreensões de pessoas, apreensões de drogas e apreensões de armas de fogo”, destaca Fraga.

Dentre os principais desafios enfrentados foram a comunicação organizacional interna, o clima organizacional e a motivação das tropas; assim como o planejamento. “A nossa preocupação se dá em criar um ferrolho eletrônico entre as cidades, com câmeras com inteligências artificiais, melhorias no sistema de rádio, aumento na capacidade de viaturas (novas e seguras); além de apresentar aumento da quantidade de fuzis em emprego na região e treinamentos de técnica de polícia ostensiva e de tiro policial prático”, ressalta Fraga.

As baixas no efetivo também foram citadas pelo comandante. Ele lembra que foram momentos de aflições por ocasião de policiais que morreram ou ficaram gravemente feridos. “Tivemos também caso de ferimento grave, que provocou invalidez permanente”, lembra Fraga.

Em dezembro do ano passado, o soldado Jefferson Esmeraldino foi baleado com tiro de fuzil por criminosos que realizaram o assalto ao Banco do Brasil, no Centro de Criciúma. Ele ficou gravemente ferido e precisou ser aposentado por incapacidade física em decorrência das sequelas causadas pelo tiro.

Expectativa para o novo desafio

Ao passar o comando e transmitir o cargo de comandante da 6ª RPM ao tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, Fraga assumirá no dia 26 deste mês, a chefia da Agencia Central de Inteligência da PM. Ele demonstra entusiasmo com a nova função e pretende se inteirar sobre os devidos procedimentos para comandar as ações nessa área da segurança pública.

“Estou muito feliz com a missão que me foi confiada pelo comando da Instituição. Pretendo, inicialmente conhecer as pessoas, os processos da ACI, para contribuir com liderança o exercício permanente e sistemático de ações especializadas para identificar, avaliar e acompanhar ameaças reais ou potenciais na esfera de Segurança Pública”, finaliza Fraga.

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