Apontado como um dos articuladores pro-Daniela no Tribunal que afastou Carlos Moisés, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio analisa o momento politico
O senhor pretende participar do governo interino de Daniela Reihner?
De forma alguma. Participei da ultima eleição. Fui derrotado pela chapa formada por Moisés e Daniela, para ser oposição. Sendo responsável, sobretudo em momentos difíceis para Santa Catarina como o atual,mas jamais participando ou indicando quem quer que seja.
O senhor pediu votos pelo afastamento do governador Moisés?
Não. Quem abriu o processo de impeachment foi a Assembleia Legislativa por 36 deputados. O que os desembargadores fizeram agora foi carimbar o que o legislativo aprovou. Se alguém tem responsabilidade pela abertura do processo de impeachment são os deputados que lá atrás votaram pela instalação. Não conheço nenhum dos cinco desembargadores e não pedi a deputados que foram incoerentes com a primeira votação na Assembleia. Quem tem que se explicar é a Assembleia Legislativa.
O senhor vai colaborar com o governo interino?
Pretendo colaborar com sugestões, pontuando o que entendo ter sido equivocado. O governador Moisés errou muito na condução da pandemia. O secretário da Saúde errou demais nesta pandemia. Estes erros precisam ser corrigidos para salvar vidas e ajudar a economia para sair do buraco em que está entrando. Se puder ser útil contribuindo com ideias e sugestões estou a disposição. Sempre fora do governo e sem qualquer tipo de indicação política.
O que o governo deve fazer na pandemia?
Primeiro, montar uma equipe competente. O secretário da saúde é, para mim, incompetente. Não soube conduzir de forma correta num Estado como Santa Catarina que tem uma estrutura descentralizada de hospitais, uma cultura elogiável, tem um número de óbitos muito elevado. Isto é incompetência de gestão.
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