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sexta-feira, março 29, 2024

Trecho é liberado para tráfego de veículos na Santos Dumont

Criciúma

Em ritmo acelerado, as obras do Binário, no bairro São Luís, em Criciúma, avançam a cada dia. Um trecho que estava interditado, entre a Polícia Civil e o Supermercado Moniari (apenas referências), já foi liberado para tráfego de veículos pela Confer Construtora – empresa responsável pelas frentes de trabalho. As melhorias na via devem ser finalizadas até o fim do ano que vem e devem contar, ainda, com uma ciclofaixa que vai desde o Pinheirinho até a Imigrantes Poloneses, passando pela Avenida Santos Dumont e a Rodovia Luiz Rosso.

“Estava liberado o trânsito. Hoje [ontem] foi aplicado a camada asfáltica na Santos Dumont entre a Deic (Polícia Civil) e o Moniari”, explica o engenheiro civil da Confer, Hemerson Decakhauser. “O local que não estava liberado, que a partir de hoje [ontem] foi permitido o trânsito de veículos, é a esquina entre o Moniari e o Posto Hangar. Mas ainda será executada a terraplanagem neste local. Hoje vamos fechar para trabalhar novamente. A expectativa é liberar a terraplanagem até quarta-feira final do dia”, acrescenta.

Uma ciclofaixa também vai beneficiar os ciclistas que trafegam pela Santos Dumont e será dividida por tachões em todo o trecho. “Vai ter em toda a Avenida, do Pinheirinho até próximo à rótula. Na Imigrantes Poloneses. Na Fioravante Benedet. Na Carlos Pinto Sampaio e Pinheiro Machado. Nos trechos dessas ruas que compreendem o nosso contrato”, acrescenta Decakhauser.

Para o ciclista e membro do Instituto John Bike, João Virtuoso, este é mais um corredor que trará segurança aos que optam pelas bicicletas. “A gente sempre procura que sejam feitas ciclovias, mas também a ciclofaixa é uma forma que protege bastante o ciclista, independente de qual rua, avenida ou cidade, acho que a ciclofaixa vem de encontro com o que o ciclista precisa. Hoje tem muita gente que não pedala em virtude do medo, não tem segurança”, comenta.

Falta de acessibilidade atrapalha

Aos 30 anos, Leandro Lorete Marinho é cadeirante e utiliza frequentemente a Avenida para ir até o posto de saúde. “É bem difícil, vou tentando pelas brechas que dá, em meio à construção tenho dificuldade para passar aqui [na Avenida]”, lamenta. “É perigoso, até pela própria cadeira de rodas, ela topa nas pedras. Mas, com o avanço das obras, daqui a pouco melhora”, completa.

Alívio para os comerciantes

Desde o início das obras do Binário, os comerciantes da localidade têm sido castigados com o baixo movimento causado pela dificuldade de acesso. “Querendo ou não, hoje em dia, nossos clientes vêm de carro, e a rua trancada e do jeito que estava, com lodo, muitas pessoas optavam por não vir ou iam para outros lugares. Agora liberando, a tendência é que melhore o movimento expressivamente”, explica o gerente da loja Escala Híper, localizada às margens da Avenida Santos Dumont, Lucas Back.

Chuvas atrapalharam

O comerciante comenta que este trecho da Avenida deveria ter sido liberado em abril, conforme foi informado pelos responsáveis, mas o mau tempo prejudicou o prazo. “Atrasou um pouco e acabou ficando para agora. Eles vinham comunicando a gente, tivemos um respaldo bem legal”, pontua Back. “Para mim, que tenho muitos clientes que já conhecem a loja, deve melhorar cerca de 50% o movimento, porque ficava inviável de entrarem, às vezes tinham que deixar o carro em outras ruas, aí acabavam desistindo da compra. Já está difícil com a pandemia, perdendo o acesso à loja, complicava muito mais”, acrescenta.

Camila Gonçalves Cardoso, sócia-proprietária da loja Emporium Salus, inaugurou o estabelecimento quando as obras do Binário já tinham iniciado, em setembro do ano passado. E, desde então, o movimento tem sido prejudicado. “Quando a gente abriu, as obras estavam distantes do estabelecimento, então sentimos mais do fim do ano para cá, principalmente em abril, quando os trabalhos começaram aqui na frente. Para nós, a pandemia não influenciou tanto nas vendas, foi mais a rua”, explica.

Com o trecho em frente à loja aberto para tráfego de veículos, há esperança que o ritmo de vendas seja retomado expressivamente. “A gente espera que já melhore ou pelo menos retome, mas sabemos que não vai ser 100% porque a obra não está concluída, muitos trechos no bairro foram interrompidos, mas estamos na expectativa, sempre acompanhando”, finaliza a sócia-proprietária.

Um dos maiores estabelecimentos da Avenida Santos Dumont é o Supermercado Moniari. Por lá, os reflexos das obras também foram sentidos. “As vendas tiveram uma queda, natural, mas não podemos mensurar se foi pelo buraco, acreditamos que sim, mas também pela pandemia, porque ano passado foi nessa época o estouro para nós supermercadistas. Mas, claro que as ruas atrapalharam, porque se fosse uma obra uniforme, tudo bem, mas tiveram vezes que fechou em vários pontos, daí atrapalhou, mas ao mesmo tempo, era só ligar para os responsáveis que eles já liberavam”, explica o gerente da filial, Paulo Roberto Lima de Souza.

Com a abertura, as vendas devem ser retomadas expressivamente. “É uma melhoria e tanto para o bairro, os nossos clientes são muitos fiéis, porque com pinche eles ainda vinham, é porque são fiéis. Eu acredito que com a abertura, vai ser muito melhor, estamos esperançosos com a abertura do trecho, vai melhorar muito o fluxo”, acrescenta o gerente do supermercado.

 

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