19.3 C
Criciúma
quinta-feira, abril 25, 2024

Tempestade de areia pode acontecer em SC, alerta meteorologista

Os moradores de cidades de São Paulo e Mato Grosso do Sul se assustaram com o registro de uma forte tempestade de areia no início do mês de outubro. Além da passagem de tornados, meteorologista fala sobre a possibilidade de formação de mais um fenômeno em Santa Catarina. Conforme Piter Scheuer, o temporal é considerado raro, principalmente no estado catarinense por conta da necessidade dos seus principais “ingredientes”.

> Clique aqui e receba as principais notícias do sul catarinense no WhatsApp

“Se o tempo estiver bem seco e vem uma frente de rajada bem forte, é possível essa formação, principalmente antes da chegada de um temporal. Dessa forma, resultando em ventos fortes que formam a nuvem de poeira”, explica o meteorologista. Já sobre a possibilidade de ocorrer em Santa Catarina, Piter Scheuer afirma que o fenômeno nunca aconteceu no Estado por conta das características chuvosas.

“A ocorrência é bem rara porque não é uma região muito seca. O que pode ocorrer em junção com a baixa umidade do ar, é a formação de um redemoinho de vento, mas de forma passageira. No momento, a chance de ocorrência é praticamente nula, principalmente por conta da possibilidade de chuva nos próximos dias”, complementa Piter Scheuer.

Além da grande massa de poeira que fez o sol sumir durante a passagem, o fenômeno contou com rajadas de vento que chegaram a 75 km/h. Porém, o meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Franco Villela, disse para a Agência Brasil que houve o registro de até 100 km/h em alguns pontos de São Paulo.

Além das fortes rajadas de vento, típicas da primavera, o período seco e terrenos queimados auxiliaram para a formação do fenômeno registrado, na última quinta-feira, 14, em 10 cidades paulistas. Ao Estadão, a meteorologista Estael Sias, da MetSul, disse que o fenômeno é comum em países da Ásia, onde é conhecido como “haboob”.

Ele é causado por temporais de chuva com ventos fortes que, ao entrarem em contato com o solo seco, encontram resquícios de queimada, poeira e vegetação, os quais acabam criando um “rolo compressor” de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura.

 

*Com informações do ND+

Últimas