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terça-feira, março 19, 2024

Prefeitos da Amesc se mobilizam contra o fechamento da Receita Federal

Araranguá

O possível fechamento da agência da Receita Federal em Araranguá tem mobilizado os prefeitos do Extremo Sul (Amesc) e os representantes do Sindicato dos Contabilistas. O assunto já foi debatido em 2016, quando veio à tona a situação pela primeira vez. Agora, as lideranças buscam uma nova alternativa para evitar a mudança, já que os contribuintes da região do Vale teriam que ser atendidos na unidade mais próxima, neste caso, em Criciúma.

“Isso nos preocupa muito. Nós temos uma população aqui [Amesc] de 200 mil habitantes. Praia Grande, São João do Sul e Passo de Torres já ficam a 60 quilômetros de Araranguá, imagina só um agricultor ir regularizar um CPF lá em Criciúma. Fica fora de mão. Acho que a Receita Federal tem que ter uma contribuição social além do lucro”, lamenta o presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc), Moacir Francisco Teixeira, prefeito de São João do Sul.

Em 2016, quando o houve o anúncio do fechamento pela primeira vez, o Conselho Regional de Contabilidade, representado pelo presidente, à época, Marcello Seemann, enviou um ofício solicitando a reconsideração da mudança. A decisão foi contida e a unidade da Receita Federal de Araranguá continuou em pleno funcionamento. Porém, neste ano, o assunto voltou a ser discutido, mas não foi divulgado oficialmente pelo órgão.

“Já houve uma vez esse movimento e a região se mobilizou e conseguimos segurar. Agora, novamente, vamos proceder da mesma forma. Provavelmente teremos que ir a Brasília e a Curitiba, mas os prefeitos e as entidades estão preparados”, acrescenta Teixeira. “A notícia chegou pelos ‘corredores’ e parece que procede. Onde a Receita Federal fica é uma peça alugada e, realmente, não chegou nada oficial para nós, mas isso existe e já está havendo movimento para que vá a Criciúma”, acrescenta.

Durante uma reunião ontem, na sede da Amesc, alguns prefeitos da região e representantes do Sindicato dos Contabilistas assinaram um ofício contra o fechamento da unidade. “Esse documento já foi elaborado e vamos pegar todas as assinaturas dos prefeitos e entidades. E aí sim, nós vamos buscar o caminho certo para que esse documento surta o efeito que nós queremos. Provavelmente, tenhamos que atuar na parte política, porque a técnica é muito difícil, eles realmente querem ir para Criciúma”, pontua Teixeira.

Corte de gastos

A mudança, caso aconteça, atende a política de ajuste nos gastos públicos. “Segundo informações, é exatamente para cortar gastos. Mas, poxa vida, no prédio do INSS tem um espaço vazio. Uma estrutura sobrando com internet, telefone e tudo. Acho que a Receita Federal por tudo que ela arrecada e pela importância que tem, não seria um aluguel que causaria tudo isso, acho que é uma questão administrativa, política, não sei. Mas nós vamos em busca da solução para isso”, finaliza o presidente da Amesc.

 

 

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