Tiago Monte
Criciúma
Um sorriso transforma não apenas o dia de uma pessoa, mas a vida dela. Hoje, dia 25 de outubro, é comemorado o Dia do Dentista – o profissional que cuida dos sorrisos e mexe com a autoestima das pessoas. A data é comemorada desde 1884, quando foi assinado um decreto que criou os primeiros cursos de graduação de odontologia no Rio de Janeiro e na Bahia. Uma portaria do Conselho Federal de Odontologia tornou a data oficial para a comemoração.
A possibilidade de transformar a vida das pessoas motivou Fernanda Sônego a escolher a odontologia. E ela teve uma inspiração na família. “Eu tinha um tio que exercia a profissão, mas ele se aposentou. Ele é uma referência para mim e eu pude trabalhar com ele, enquanto ainda estava na graduação. Nesse momento, me despertou o interesse para seguir na profissão. Eu sou encantada com a possibilidade de mudar a vida das pessoas”, comenta.
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Fernanda vê na profissão uma possibilidade a mais de fazer as pessoas felizes. “Nós já tivemos experiências, em outros momentos, de pacientes que nos acessavam e não sorriam. Eles também não sabiam a possibilidade da gente reconstruir um dente. Eles nos procuravam ainda pensando na mutilação: as extrações de dentes ou na possibilidade de usar uma prótese”, comenta.
Uso da máscara ofusca o cuidado com os dentes
Pode até ser difícil de acreditar, mas, com a necessidade do uso de máscara, em função da pandemia da Covid-19, muitas pessoas deixaram de preocupar com a saúde bucal – incluindo o cuidado com os dentes. Fernanda alerta a importância de visitar o dentista regularmente. “Com a pandemia, a gente sorri com os olhos. A gente não sorri com os lábios e mostrando os dentes. É uma preocupação, sim, porque percebemos que, por trás da máscara, muitos deixaram de escovar os dentes, de passar o fio dental. Não deram tanta importância para a estética, nesse período em que o sorriso está escondido, mas a gente precisa resgatar e atender”, destaca.
Os dentistas e pacientes acabaram prejudicados, na pandemia, em função de um risco maior de transmissão da Covid-19. “A nossa proximidade com a cavidade bucal do paciente colocou muito em risco não só o profissional que atende, e o auxiliar, mas também o paciente. Nas outras profissões, a gente acabou atendendo os pacientes, mas eles protegidos com máscaras. Na odonto não tem como ser assim: precisa tirar a máscara. Então, a gente teve que atender, por um longo período da pandemia, apenas as urgências e isso complicou um pouquinho a situação. Temos que resgatar a promoção e prevenção das doenças bucais”, explica Fernanda.
Para a dentista, o cuidado com os dentes faz diferença, inclusive, na parte psicológica das pessoas. “A gente se deparou com pessoas que chegavam até nós tristes e que saiam felizes. E isso faz toda a diferença no dia a dia delas, na comunicação, na questão social e, até mesmo, para conseguir um emprego. Não é só o ‘ser bonito’, mas se comunicar e ganhar espaço na sociedade”, destaca.
A reportagem completa você confere na edição desta segunda-feira do Tribuna de Notícias.
