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Criciúma
sexta-feira, março 29, 2024

Feira da Agricultura Familiar agora presente no Heriberto Hülse

A Feira da Agricultura Familiar, realizada pelo Governo de Criciúma, através da Gerência de Agricultura e Agronegócio, em parceria com o Criciúma Esporte Clube e apoiada pela Epagri e a Associação de Moradores do Bairro Comerciário (AMBAC), irá oscilar de forma presencial entre o Paço Municipal Marcos Rovaris e o estacionamento do Estádio Heriberto Hulse, que fica no bairro Comerciário. Hoje (quinta-feira, 23), a feira aconteceu entre às 8h e 16h.

“Na primeira e terceira semana do mês, a feira será no paço, e na segunda e quarta semana, será no estádio”, declara o gerente de Agricultura e Agronegócio de Criciúma, Vanderlei Zilli, que ainda afirma que “os produtos da feirinha são de qualidade, diretamente do campo e produzido pelos nossos produtores rurais de Criciúma”.

A ação é realizada sempre às quintas-feiras e oferece uma variedade de produtos como pães, bolos, doces, biscoitos, frutas, verduras, legumes, embutidos, salames, banha e filé de tilápia.

Laços familiares e uma história de mais de um século na agricultura

Ana Mere Martinello Gaspodini, de 53 anos, é agricultora e carrega uma bagagem familiar atuante no ramo há mais de um século no bairro Capão Bonito, em Criciúma. O avô da feirante, plantava na região para o sustento da família e também produzia cachaça. Já o pai, deu continuidade à produção da bebida apenas por um tempo, mas sempre lidou com o comércio rural. “Desde que eu nasci, vivo da agricultura. Quando eu era criança, já fazia feira com o meu pai. Ajudava a vender e a colher”, conta a comerciante, que também vende os alimentos em casa e pela internet.

Ana Mere já participa da feira há cinco anos vendendo banana, feijão e farinha de milho. Além disso, ela revende batata inglesa, batata doce, cebola, tomate e cenoura de seus vizinhos. Na sua família, duas parentes também apoiam a comercialização de produtos rurais. Rosinete Gaspodini Martinello, de 56 anos, é cunhada de Ana e produz  cavaquinho e doces. “Ela foi me incentivando para vir junto. Já faz dois anos”, relembra Rosinete.

Para Ana Mere, a feira oportuniza um contato direto com o cliente, possibilitando a explicação de todo o processo de preparo dos alimentos. “O consumidor vê que é a gente mesmo que produz e isso valoriza bastante o nosso produto”, considera Ana.

Com leite diretamente da vaca, ovos de galinhas criadas em ambiente aberto e geléias produzidas artesanalmente, Ilene Zanivan Martinello, de 56 anos, que também é cunhada de Ana Mere, prepara pães e bolos desde que se aposentou, em 2019. Ela foi a primeira pessoa a receber o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) do Ministério da Agricultura em Criciúma. “Procuro sempre buscar a essência da nossa agricultura. Me preocupo com o que eu como e com o que as outras pessoas vão comer também”, conclui Ilene. 

Da esquerda para a direita: Rosinete Gaspodini Martinello, Ilene Zanivan Martinello e Ana Mere Martinello Gaspodini, respectivamente – Foto: Thais Borges/TN

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