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Criciúma
quinta-feira, abril 18, 2024

Estudos comprovam que manusear o jornal não transmite o coronavírus

Durante a Covid-19 muitos hábitos mudaram, usar máscaras e álcool em gel se tornaram parte da rotina. E mesmo com muitas mudanças no cotidiano das pessoas, alguns hábitos podem ser mantidos, como por exemplo, a leitura do jornal impresso. Estudos e especialistas atestam que a probabilidade de contaminação por meio do jornal é quase nula.

Segundo estudo realizado pelo Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, em conjunto com outras universidades americanas, o vírus da Covid-19 dura mais tempo em superfícies lisas. O papel do jornal é poroso e caso contato com o vírus, o mesmo seria absorvido.

Diante da preocupação envolvendo os jornais, a International News Media Association, uma das mais respeitadas organizações de mídia do mundo, divulgou um comunicado afirmando que, de acordo com médicos e cientistas, passados meses após o início da pandemia, ainda não haviam sido registrados casos de transmissão do novo coronavírus por meio de contato com jornal ou revistas impressos.

Produção

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias comerciais é baixa e o risco de pegar o vírus que causa a Covid-19 em um pacote que foi transportado e exposto a diferentes condições e clima temperado também é baixo. Para o Centro para Controle de Doenças (CDC) dos EUA, “pode ser possível para uma pessoa ser contaminada por tocar uma superfície que tenha o vírus, mas este não é considerado o principal meio de transmissão do vírus”, diz o estudo.

Além disso, os experimentos mostraram que o vírus não era viável após 24 horas em papelão, por exemplo, e a potência dele diminui razoavelmente na exposição ao ar. Para o papel de jornal, a viabilidade do vírus é presumivelmente ainda menor que o papelão.

Cuidados adotados pelo TN

No Jornal Tribuna de Notícias, toda a redação, assim como os profissionais de todos os departamentos, fazem o uso correto da máscara e do álcool em gel. Portas e janelas permanecem abertas durante a jornada de trabalho para a circulação de ar. As entrevistas são realizadas por telefone, e as reportagens que precisam ser in loco, os repórteres redobram ainda mais os cuidados e respeitam o distanciamento social mínimo exigido junto aos entrevistados. Desde a chegada na gráfica até a entrega do jornal na porta do leitor, todas as medidas sanitárias são realizadas. “O jornal Tribuna de Notícias é seguro para os leitores. Todas as regras para evitar a contaminação do vírus estão sendo mantidas, para trazer a informação de forma segura”, declara Edson da Soler, diretor-geral do Grupo SL de Comunicação.

Especialista explica como ocorre transmissão

A diretora-adjunta do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luciana Costa, conta que a capacidade de proliferação do vírus é eliminada durante o processo de produção e entrega. “Os leitores não precisam ficar apreensivos. Se pensarmos, por exemplo, no tempo que o jornal leva para ser transportado da gráfica até a casa das pessoas, a vírus perderia completamente sua capacidade infecciosa. E ainda seria absorvido pelo papel do jornal, que é poroso”, explica Luciana.

O pneumologista de Criciúma, Dr. Fábio Souza, conta que a principal maneira de transmissão do coronavírus se dá através de gotículas no ar. “O uso de máscara, distanciamento social são importantes. A gente viu trabalhos anteriores demonstrando também que tem viabilidade do vírus em materiais, inclusive em plástico, mas sem grande risco de contágio em termos de infecção. A infecção quando comparada é muito maior de inalação do que de contato”, afirma Souza.

Gotículas no ar

Segundo ele, as gotículas que ficam no ar são as principais causadoras, através de via aérea, da transmissão do vírus. “Isso se dá através de um infectado falando, tendo essa transmissão através da inalação das gotículas. Aí começa a contaminação viral na outra pessoa. Então esse é o principal mecanismo de adquirir o coronavírus. Depois, na sequência, é a carga viral e o sistema imune de cada um”, complementa Souza.

Ele diz que se a pessoa recebeu carga viral alta e estava perto da outra pessoa e o sistema imune dessa pessoa não está muito forte, a pessoa acaba replicando e causando maior inflamação e infecção, causando a proliferação.

De acordo com o pneumologista Renato Matos, a percepção já está bastante clara de que a grande transmissão se dá por via aérea. “A gente ainda vê pessoas que se preocupam mais com o fato de encostar-se a algum objeto, mas que não usam máscara. Então ela é uma doença de transmissão aérea, e atualmente se sabe que a transmissão através de contato com superfície é uma forma muito rara”, finaliza Matos.

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