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terça-feira, abril 23, 2024

Dia do Pintor: os responsáveis pelo acabamento das construções

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“Argamassa, tinta e talento.” Foi assim que Fabrício Colombo resumiu os pilares que fazem parte da sua profissão. Colombo já teve diversos empregos, mas há 19 anos decidiu trabalhar apenas como pintor. Autônomo, ele brincou com a possibilidade de poder tirar uma folga no dia destinado à atividade. “Então nessa segunda é o dia do pintor? Maravilha, vou fazer feriado.”

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O profissional vê a autonomia como a maneira mais rentável de trabalhar no ramo. “É melhor do que quando eu trabalhava fichado. Tenho muitos clientes. Quando encerro um serviço, já têm outros esperando para eu começar”, comenta. Apesar de trabalhar por conta própria, Colombo não deixa de prezar pela qualidade dos seus serviços. Pintar não é como uma receita de bolo, onde basta seguir um passo a passo. Cada construção tem suas peculiaridades.

“É preciso ter capricho, preparar bem o ambiente antes de colocar a tinta, e ter talento e conhecimento”, observa. “Cada obra é uma obra, não são todos os ambientes que fazemos o mesmo tipo de serviço. Às vezes precisamos rasgar uma parede, amassar, passar gesso…”, pondera.

Empreendendo à base de tintas

Por outro lado, Éder Pereira decidiu abrir uma própria empresa de pintura. Com outros cinco funcionários, ele atende obras de construção civil por Criciúma e região. São eles quem realizam o acabamento dos empreendimentos.

“Quando pintamos, percebemos que o ambiente já vai mudando. É uma das partes mais importantes, é o que deixará a obra bonita. Sem cor, não há vida”, salienta. O pintor atribui um bom trabalho realizado à experiência e habilidade do profissional, e à qualidade dos materiais utilizados. “É dividido em duas partes. O material e a mão de obra. Só assim teremos um serviço bem feito”, coloca.

Pereira, que já conta com 25 anos de experiência, reforça que a pintura não se resume apenas a molhar o rolo na tinta e passar na parede. “É uma profissão com vários detalhes. Precisamos ter a mão firme e ter o conhecimento do local que estamos trabalhando, para usarmos as ferramentas certas, de maneira certa”, explica.

Falta de valorização

Apesar de orgulhar-se da profissão, Pereira ainda lamenta a falta de valorização – principalmente financeira – por parte dos clientes. “Eu vejo que a pintura é a última etapa da obra. Quando chega no final, o dinheiro já está acabando. Sentimos isso. Hoje existem muitas coisas diferentes no mercado, temos que estar sempre nos atualizando e nos profissionalizando. Gostaríamos de ter uma valorização maior”, afirma.

A atividade vem recebendo novos atributos com o passar do tempo. “Antigamente só existia o pincel, o rolo e a bandeja. Hoje é preciso ter lixadeira elétrica, aspirador de pó, compressor, máquina airless. A prática se modernizou. São ferramentas que agilizam nosso trabalho e a obra também”, assinala Pereira.

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