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quinta-feira, abril 18, 2024

Criciúma: Samu pode parar na terça-feira

Tiago Monte

Criciúma

Segue o impasse entre os trabalhadores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a empresa OZZ Saúde, administradora do serviço em Santa Catarina. Na tarde de quinta-feira, foi realizada uma audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT), mas não houve acordo. Os servidores não aceitaram a proposta da empresa. “A proposta da Ozz foi negada em assembleia. Agora foi feita uma contraproposta. A empresa ofereceu 4% de reajuste, mas a dívida deles com o aumento é de 18,22%”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos em Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde), Cleber Ricardo da Silva Cândido.

Houve um pequeno avanço nas questões de reposições de férias.“Mas os trabalhadores pedem resolução na questão do FGTS e das condições de trabalho que estão sendo propostas”, comenta.

A contraproposta será protocolada no MPT na manhã desta sexta-feira e, caso não haja acordo, os servidores entrarão em greve na terça-feira. “Caso essa proposta não seja aceita pela Ozz, os trabalhadores deflagram greve, a partir de terça-feira. A gente está fazendo isso pela população e em respeito ao Ministério Público”, diz Cândido.

Ausência do Estado nas negociações

Cleber reclama da ausência do Governo do Estado nas negociações entre funcionários e empresa. “Queremos muito envolver o Governo do Estado, que vem saindo pela tangente, não quer pegar essa responsabilidade para ele, jogando nas costas dos trabalhadores esta questão”, pontua. “Estamos tentando, de todas as maneiras, resolver isso, mas acabaram as propostas. Se não for aceita essa, infelizmente, não temos outra alternativa”, completa o presidente do sindicato.

Os trabalhadores esperam uma resposta da contraproposta ainda neste final de semana. “A proposta deles foi de 4% e a dívida é de 18,22%. Estamos pedindo os 18,22% em três parcelas, sem dar quitação no passado. Eles estão devendo o retroativo e vão ter que pagar depois. Esperamos que a resposta venha no final de semana ou na segunda-feira, no máximo”, reforça Cleber.

Os trabalhadores reivindicam o cumprimento da convenção coletiva. A paralisação, caso ocorra, não será estadual e, por ser um serviço essencial, o Samu deve funcionar em sistema de revezamento e com cerca de 30% do efetivo na Central de Regulação.

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