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quinta-feira, abril 25, 2024

Araranguá: Aciva cobra políticos acerca das demandas da região

Araranguá

A Associação Empresarial de Araranguá e do Extremo Sul Catarinense (Aciva) enviou uma Carta Aberta à Sociedade, cobrando uma postura resolutiva da classe política com relação às demandas da população. No documento, a entidade cita uma série de reivindicações para o desenvolvimento socioeconômico da região. Além disso, cita problemas enfrentados por toda a população do país, como alta da inflação, combustíveis, energia elétrica e alimentos, cobrando mudanças neste cenário por parte dos governantes, sejam eles parlamentares ou do Poder Executivo Federal, assim como representantes regionais.

“Diante do fato de que em meio à alta desenfreada da inflação para bens de consumo, como alimentos, gasolina e energia elétrica, boa parte da classe política está focando seus esforços em assuntos que não atingem a vida da maioria da população, a Aciva entende que precisa chamar a atenção destes que deveriam ser os representantes da sociedade”, diz o presidente da Aciva, Alberto Sasso.

Ele ressalta que a representatividade dos políticos deve estar atrelada ao aos interesses da sociedade. Também se lembra do cortes de verbas por parte do Governo Federal, que afeta diretamente a região.

“Estamos prestes a ter as aulas paralisadas no curso de Medicina da UFSC, porque o Ministério da Educação ainda não cumpriu o que foi pactuado lá atrás. Além disso, uma das obras de maior relevância na história da região, a BR-285 no trecho compreendido na Serra da Rocinha, aguarda a liberação de recursos federais. Para que estas demandas sejam cumpridas, precisamos da atuação direta de nossos representantes”, acrescenta Sasso.

A Aciva cobra uma postura dos poderes Executivo e Legislativo federal quanto às Reformas Tributária; Administrativa; Política; do Judiciário e aprovação da prisão de condenados em segunda instância.

A carta

O documento lembra que enquanto o Estado sofre corte de verbas (mais de R$ 150 milhões do Governo Federal), que seriam destinados para obras de Infraestrutura, Educação e Saúde, o Governo envia o Orçamento de 2022 ao Congresso com mais de R$ 2 bilhões destinados para o Fundo Eleitoral.

“Precisamos lembrar o quanto estes cortes do Governo Federal afetam, de maneira direta, a vida de todos catarinenses. Entre tantas situações, citamos em especial dois casos do Extremo Sul de Santa Catarina. São eles: BR-285, no trecho compreendido na Serra da Rocinha, onde o Governo do Estado já assegurou R$ 15 milhões, mesmo se tratando de uma obra federal, e onde ainda há um déficit de R$ 15 milhões, já prometidos pelo Governo Federal e que precisam ser incluídos em Projeto de Lei, PLN”, detalha a nota.

Risco de paralisação

Ainda informa que o Curso de Medicina da UFSC, campus Araranguá, corre o risco de ser paralisado, pois o Ministério da Educação ainda não cumpriu com o que foi pactuado, ou seja, não liberou concurso para contratação dos servidores. “isso causa prejuízos e danos incalculáveis não só aos acadêmicos, mas a toda região que deixará de ganhar com projetos de atendimento em Unidades Básicas de Saúde e o desenvolvimento da Medicina como um todo”, acrescenta a nota oficial.

Políticos da região precisam cobrar soluções

O documento afirma que os políticos da região precisam cobrar soluções do Governo Federal. “É fato que nossa região precisa ser valorizada, pois além do potencial de desenvolvimento que já apresentamos, pagamos alta carga tributária e precisamos ter um retorno sobre isso”, diz a nota.

A Aciva entende que é preciso que Executivo e Legislativo foquem nas reformas e justifica cada uma delas:

Reforma Tributária – para simplificar nosso “manicômio” tributário, reduzindo custos administrativos e barateando produtos e serviços no país;

Reforma Administrativa – atingindo todas as esferas, iniciando pelo alto escalão do serviço público, dos cargos com maiores salários e gratificações, por fim às promoções automáticas por tempo de serviço, acabar com a aposentadoria compulsória com manutenção da remuneração como punição a servidores que cometem infrações, entre outras medidas;

Reforma Política – começando pela extinção dos fundos partidário e eleitoral, redirecionando esses recursos para Saúde, Educação e Segurança;

Reforma do Judiciário – acabando com a indicação política de juízes do STJ e STF;

Aprovação da prisão de condenados em segunda instância – para reduzir a impunidade no país.

 

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