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Criciúma
sexta-feira, abril 19, 2024

Com dois jogadores a menos, Tigre empata em casa

Tiago Monte

Criciúma

Fotos: Celso da Luz/CEC

Uma expulsão logo aos oito minutos de jogo e outra na etapa final, perto dos 30 minutos, complicaram a situação do Criciúma diante do Botafogo-PB, na noite deste sábado. No final, um 0 a 0 que decepcionou os quase quatro mil torcedores presentes no Majestoso mesmo abaixo de chuva. Não foi o resultado esperado e que deixa o time, agora, na segunda posição do grupo B na segunda fase da Série C. O Ituano, que bateu o Paysandu por 3 a 1, lidera a chave com seis pontos. Dudu Vieira e Léo Costa foram expulsos, o Tigre acabou o jogo com nove jogadores e foi gigante e guerreiro para conquistar um ponto valioso na classificação.

Durante a partida, houve muito protesto dos jogadores do Criciúma, comissão técnica e torcida, em função da arbitragem do mineiro Paulo Cesar Zanovelli da Silva. As decisões do juiz deixaram os carvoeiros irados durante os 90 minutos. Agora, o próximo desafio do Tricolor Carvoeiro será contra o mesmo time paraibano, mas agora em João Pessoa, no próximo sábado, dia 23, novamente às 19 horas. Antes, na quarta-feira, às 15h30, os reservas pegam o Marcílio Dias, pela Copa Santa Catarina, no Majestoso.

A torcida do Tigre começou a partida empurrando o time. Porém, o time da Paraíba não se acovardou e também buscou o ataque. A partida começou muito disputada com uma marcação forte de ambos os lados. Aos três minutos, Fellipe Mateus e Dudu Vieira fizeram boa jogada, mas a zaga desarmou o ataque carvoeiro. Na sequência, o mesmo camisa 10 do Criciúma tentou a sequência, mas a defesa cedeu escanteio ao Criciúma. Silvinho cobrou e Rodrigo desviou pela linha de fundo. O time da Paraíba armou uma linha de cinco jogadores no meio de campo, apenas com Welton no ataque, mas buscando a parte ofensiva. Aos seis minutos, Dudu Vieira deu uma entrada mais forte em Tsunami e o VAR chamou o árbitro para análise do lance. Após a visualização no vídeo, o mineiro Paulo Cesar Zanovelli da Silva expulsou o jogador do Criciúma. Grave prejuízo para o Tigre logo aos oito minutos. A torcida carvoeira disparou xingamentos ao árbitro, mas de nada adiantou.

Aos 10 minutos, Henan dominou pela meio e caiu, mas a bola sobrou para Claudinho que finalizou e a bola desviou na defesa e saiu pela linha de fundo. Escanteio. Na cobrança, a bola passou pela área e a chance foi desperdiçada. O Botafogo-PB tentou sair em contra-ataque, mas Rodrigo voltou rapidamente e desarmou o adversário. A partir daí, o Criciúma recuou as linhas de marcação, por estar com um jogador a menos, e chamou o Botafogo para o campo de ataque com marcação alta. Assim, o time paraibano tentou mais o ataque, mas sem avançar muito para não se expor ao contra-ataque. Aos 16 minutos, Tsunami avançou pela esquerda, mas a zaga afastou.

Aos 20 minutos, Leo Costa foi derrubado por Tinga, na tradicional “cama de gato”. Falta para o Criciúma. Silvinho cobrou a falta muito forte e a bola saiu. Aos 21 minutos, Welton foi derrubado. Falta. Os jogadores do Tigre e o técnico Claudio Tencati reclamavam muito da arbitragem. Aos 22 minutos, Helder desarmou Sávio e cedeu escanteio. Na cobrança, Marcos Aurélio cruzou e a zaga afastou para novo escanteio. O camisa 10 do Botafogo cobrou, a bola desviou em Leo Costa e quase traiu Gustavo, que estava atento e fez a defesa em cima da linha.

Com um jogador a menos, o Tigre voltava bastante as linhas de marcação e dava espaço ao time da Paraíba. O time adversário tinha mais posse de bola. A torcida carvoeira apoiava nas arquibancadas e tentava fazer de mais um jogador em campo. Aos 29 minutos, Welton foi derrubado na intermediária. Falta. Tsunami cobrou direto, mesmo à distância, e Gustavo pegou firme. Preso no campo defensivo, o Tigre rifava a bola e não conseguia armar jogadas de ataque.

Aos 34 minutos, Rodrigo levantou na área, Fellipe Mateus tocou de cabeça para Henan, que foi derrubado, mas a zaga afastou, mesmo se atrapalhando. Os jogadores carvoeiros pediram pênalti, em uma suposta mão na bola, mas o árbitro nada marcou. Não houve interferência do VAR. Aos 36 minutos, após uma sequência de escanteios, Silvinho cruzou, mas a zaga afastou, na sobra o camisa 11 bateu fraco e Pablo ficou com a bola. Aos 37 minutos, Pablo bateu, da intermediária, mas Gustavo pegou firme, mesmo com o gramado escorregadio em função da chuva.

Aos 40 minutos, Willian Machado cabeceou pela linha de fundo, após cobrança de escanteio. Aos 43 minutos, Henan tocou para Fellipe Mateus, que entrou na área, mas foi desarmado por Willian Machado. Escanteio. Na cobrança, o goleiro Felipe pegou firme. No contra-ataque, Tinga tocou para Cleyton, que acionou Marcos Aurélio, mas a marcação afastou. Aos 44 minutos Silvinho tocou para Helder, que entrava pelo meio e foi derrubado por Sávio. Falta e cartão amarelo para o jogador do time paraibano. Eduardo bateu alto pela linha de fundo. Aos 48 minutos, Silvinho foi derrubado por Sávio, em falta forte, mas o árbitro não mostrou o segundo cartão para o jogador do Botafogo-PB e prejudicou o Criciúma. Na cobrança, o mesmo Silvinho bateu forte e Felipe defendeu parcialmente, na sobra o goleiro ficou com a bola. No final da primeira etapa, um 0 a 0 que exigiu muito dos jogadores carvoeiros que tiveram um a menos durante quase todo o período. No intervalo, a torcida do Criciúma puxou o tradicional canto de “Vamos subir Tigre”.

Nova interferência do VAR prejudica o Tricolor Carvoeiro

No intervalo, em busca de mais velocidade nos contra-ataques, o técnico Cláudio Tencati colocou Hygor no lugar de Henan. No primeiro minuto da segunda etapa, Silvinho cobrou escanteio, mas a zaga tirou. Na sobra, Willian Machado afastou. Aos dois minutos, Fellipe Mateus aproveitou vacilo da zaga, roubou a bola e bateu forte, mas houve desvio na zaga. O Criciúma voltou na pressão em cima do time paraibano. Aos seis minutos, Hygor avançou em velocidade e caiu, mas o árbitro nada marcou. Aos sete minutos, Clayton foi derrubado pela intermediária, na esquerda: falta. Na cobrança, a bola saiu pela linha de fundo. Aos nove minutos, Hygor foi derrubado por Tinga. Fellipe Mateus cobrou, mas o goleiro Felipe afastou. O Criciúma voltou melhor para a etapa final e dominava a partida.

Aos 11 minutos, Marcos Aurélio cobrou escanteio e Tsunami cabeceou pela linha de fundo. Aos 15 minutos, Léo Costa derrubou Clayton e cometeu falta perigosa contra o gol de Gustavo. Na cobrança, o zagueiro Fred bateu e a bola explodiu no lateral Claudinho, que estava na barreira. Sob chuva, o Tigre tentava buscar o ataque, mas sofria com um jogador a menos. Aos 21 minutos, Claudinho sentiu lesão e foi substituído por Alemão.

O torcedor carvoeiro deu mais um show na arquibancada, cantando alto e sinalizando os celulares. Aos 23 minutos, Léo Costa fez falta forte e o árbitro novamente foi ao VAR. O mineiro Paulo Cesar Zanovelli da Silva expulsou o camisa 5 do Criciúma. O jogador do Tigre deixou o braço e a perna no rosto do atleta do Botafogo e levou o cartão vermelho.

A partir daí, o Botafogo foi para a pressão e o Criciúma passou a se defender. Aos 34 minutos, Hygor bateu forte, mas a bola ficou fácil para a defesa. Na raça, o Tigre tentava atacar o time paraibano. Os paraibanos partiam para o ataque, mas sem descuidar do sistema defensivo.  Aos 39 minutos, Silvinho fez grande jogada pela esquerda, mas ficou sem ter opção para quem tocar. Aos 42 minutos, Tinga bateu forte, mas a bola subiu em um lance de perigo para o Botafogo. Aos 48 minutos, Hygor foi derrubado perto da grande área ao lado do campo. Falta. Na cobrança de Silvinho, a zaga afastou. No final, um Tigre guerreiro que garantiu um ponto mesmo com dois atletas a menos.

Campeonato Brasileiro – Série C – segunda fase – 3ª Rodada

Sábado (16/10) – 19 horas – estádio Heriberto Hülse, em Criciúma

CRICIÚMA

Gustavo; Claudinho (Alemão), Rodrigo, Marcel Scalese e Helder; Léo Costa, Dudu Vieira, Eduardo e Fellipe Mateus (Renan Areias); Silvinho (Luiz Paulo) e Henan (Hygor). Técnico: Cláudio Tencati

BOTAFOGO-PB

Felipe; Sávio (Clayton), Fred, Willian Machado e Tsunami (Gabriel Araújo); Juninho (Ederson), Pablo, Tinga e Cleyton (Juba); Marcos Aurélio (Luã Lúcio) e Welton. Técnico: Gerson Gusmão

Arbitragem: Paulo Cesar Zanovelli da Silva; Auxiliares: Fernanda Nândrea Gomes Antunes e Magno Arantes Lira. (trio de MG). Árbitro de Vídeo: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira (MG). AVAR: Cleriston Clay Barreto Rios (SE) e Observador de VAR: Rodrigo Pereira Joia (CE)

GOLS: Não houve

Cartões Amarelos: Helder (C); Cleyton e Sávio (B)

Cartões Vermelhos: Dudu Vieira e Léo Costa (C);

Público: 3.794

Renda: R$ 67.725,00

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