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Criciúma
quinta-feira, abril 25, 2024

Clássico decisivo para as pretensões do Tigre na Série C

Tiago Monte

Criciúma

Fotos: Celso da Luz/CEC

A hora é de recuperação para o Criciúma na Série C. Após duas derrotas seguidas e queda para o quarto lugar do grupo B, o Tigre recebe o Figueirense, na sexta-feira, às 16 horas, no Majestoso. O jogo é fundamental para as pretensões do Tricolor Carvoeiro na competição. Com um empate, ao menos, o time atinge a meta de 15 pontos no turno – que foi estipulada pela comissão técnica, diretoria de futebol e presidência do clube. “Estou passando para vocês agora, que temos uma meta que foi traçada entre comissão técnica, Juliano (Camargo, diretor de futebol), Wilsão e presidente que era de somar 15 pontos. Nós podemos somar 17. Lógico que perdemos dois jogos, mas estamos no G4 ainda. Perdemos nossa gordura, sim: mas podemos construir de novo, entendeu?”, diz o técnico Paulo Baier, em uma entrevista coletiva concedida na manhã de quinta-feira, onde ele aumentou o tom contra as críticas de alguns setores da imprensa.

O treinador confessou, inclusive, que recebeu duas propostas para deixar o Criciúma, mas decidiu continuar o trabalho. “Vamos com calma, botar a cabeça no lugar e relembrar: há uma semana, o Criciúma era o melhor time e vocês, que entendem de bola, falaram que era candidato para subir. Vocês falaram: o Paulo Baier é o melhor treinador. Eu recebi duas propostas para sair e não saí, porque quero dar continuidade no trabalho, seguir o meu trabalho no Criciúma porque tenho um projeto aqui dentro, que é jogo a jogo”, explica.

O comandante fez questão de deixar claro que não era um desabafo, mas, sim, uma forma de deixar as situações mais claras para os torcedores. Ele relembrou que está há dois meses e meio no cargo e assumiu o elenco com apenas 14 jogadores. Desta forma, o grupo de jogadores está em construção, assim como o time titular. “Muitos, antes do campeonato, os entendidos da bola, falaram que o Criciúma ia cair pra Série D, que o Criciúma, se permanecesse na Série C, estava bom. Pô! Estamos no G4 desde o início, contra o Ituano, até agora na oitava rodada. E não saímos. Será que tá tão ruim o trabalho? A gente tem que analisar. Eu vejo que falta um pouquinho de coerência em comentários. Não é porque perdeu dois jogos atrás, que está tudo errado. No início, quando cheguei, o Criciúma estava no buraco. O time tinha caído para a Segunda Divisão do campeonato Estadual. Fácil é assumir quando está todo mundo encaixadinho, quando tem os jogadores. Eu quero ver quando você tem que construir. Hoje, o Criciúma tem 14 pontos e parece que está em último”, dispara.

Pedido de reconhecimento ao trabalho

Ainda durante a fala, Baier pediu reconhecimento ao trabalho que está sendo feito à frente do clube. Ele ainda ressaltou que não está tudo errado na equipe, mesmo após as duas derrotas fora de casa. “Então assim, principalmente os que acham que entendem um pouquinho de futebol: sejam um pouquinho coerentes. Eu só quero reconhecimento do trabalho. O Criciúma, há dois meses e meio, estava no fundo do poço. Hoje, o Criciúma está no G4, desde a primeira partida, e com possibilidade de somar 17 pontos – faltando uma rodada para acabar o turno. Está tão ruim assim o trabalho? Vamos analisar direito. Eu só quero reconhecimento. Não quero mais nada. Reconhecimento do trabalho: do que foi o Criciúma e do que ele é agora”, comenta.

O comandante ainda citou dois dos melhores times do Brasil – Flamengo e Palmeiras – para mencionar os altos e baixos que fazem parte das campanhas. “Nosso trabalho está muito bem feito. São altos e baixos. Vou até citar: Flamengo e Palmeiras. Flamengo há um mês e o Palmeiras perdeu três seguidas. Se o Flamengo e o Palmeiras, que têm os melhores elencos do país, têm altos e baixos, porque o Criciúma não vai ter? O Criciúma está em construção. Faz dois meses e meio que estou aqui. Vou ser repetitivo: eu assumi com 14 jogadores. Quero ver construir time. Pegar elenco encaixado e trazer um, dois ou três jogadores é fácil”, pontua.

Novamente, Baier fez questão de ressaltar que a campanha do Criciúma está dentro do esperado pela comissão técnica e diretoria. Ele ainda destacou o bom ambiente construído pelos jogadores. “Então peraí: não é por causa de dois jogos que tivemos, fora de casa, que está tudo errado. Não está. Está tudo ótimo. Está tudo bem no Criciúma, obrigado. O Criciúma está bem, o ambiente também. O ambiente é saudável, de brincadeira, os jogadores estão correndo demais. O último jogo só que saiu um pouco da linha, mas já vamos voltar. Amanhã (Sexta-feira) vamos voltar a jogar bem. Pode ter certeza disso”, diz.

O técnico fez questão de dizer que não há mágoa contra ninguém nas falas dele.  “Só peço reconhecimento do trabalho, não quero mais nada. Não tenho mágoa de ninguém, rabo preso com ninguém. Só quero reconhecimento: está tão ruim? Olha há dois meses como estava o Criciúma? E agora? Não é desabafo. É para o torcedor entender que quem fala a verdade sou eu. Estou dando a verdade. O Criciúma está muito bem. Bem sim”, dispara.

O comandante ressaltou que as justificativas são direcionadas aos torcedores carvoeiros. “Estou justificando e passando para o torcedor. Eu tenho que falar e tenho compromisso é com o torcedor que é o patrimônio do Criciúma. Não é desabafo. Só estou lembrando o que aconteceu”, ressalta.

Campeonato Brasileiro – Série C – 9ª Rodada

Sexta-feira (23/07) – 16 horas – estádio Heriberto Hülse, em Criciúma

CRICIÚMA

Gustavo; Alemão, Rodrigo, Marcel Scalese e Helder; Dudu Vieira, Arilson, Dudu Figueiredo e Fellipe Mateus; Hygor e Luiz Paulo. Técnico: Paulo Baier

FIGUEIRENSE

Rodolfo Castro; Everton Santos, Rayne, Guilherme Teixeira e Renan Luis; Dener Pinheiro, Oberdan e Roberto; Diego Tavares, Bruno Paraíba e Andrew. Técnico: Jorginho

Arbitragem: José Mendonça da Silva Júnior; Auxiliares: Ivan Carlos Bohn e Sidmar dos Santos Meurer. (trio do PR)

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