
O novo coronavírus continua como o assunto mais comentado no mundo, seja por populares, ou pela comunidade científica. A pandemia já tirou a vida de aproximadamente 6.500 pessoas, com casos em todos os continentes do planeta. Escolas e universidades vêm cancelando aulas e aos poucos, trabalhadores passam a fazer home office para não precisar sair de casa.
No Brasil, o número de casos ainda pode ser considerado baixo em relação a outros países. Porém, o vírus é altamente contagioso, podendo ser transmitido com facilidade. Principalmente, se medidas de prevenção não foram cumpridas.
Ao longo da história a humanidade já sofreu com diversas epidemias, propagadas por vírus, bactérias, ou outros micro-organismos. Populações foram verdadeiramente dizimadas em tempos em que a medicina ainda não era avançada como nos dias de hoje. Estragos foram tão expressivos como grandes guerras, terremotos ou tsunamis.
Nesta matéria, vamos relembrar quais foram as maiores epidemias que já abalaram o mundo.
Peste Negra
A Peste Negra é considerada a maior epidemia da história da humanidade. Acredita-se que ao fim da Idade Média, no século XIV, o número de mortos por conta da doença tenha variado entre 75 e 200 milhões de pessoas. Estima-se que um terço da população do continente europeu tenha morrido por conta da doença. Parte da Ásia e o norte da África também foram regiões bastante atingidas.
A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis, transmitida ao ser humano através das pulgas dos ratos e outros roedores. A Peste Negra foi sendo combatida na medida em que a higiene e o saneamento das cidades foram melhorando, causando uma diminuição na população de ratos urbanos.
A peste negra gerou vários impactos e consequências religiosas, sociais e econômicas, afetando drasticamente o curso da história europeia.
Gripe Espanhola
Entre janeiro de 1918 e dezembro de 1920, a Gripe Espanhola matou pelo menos 50 milhões de pessoas. No Brasil, foi a responsável pela morte até do presidente da época, Rodrigo Alves. A pandemia foi uma das mais letais da história humana. A estimativa foi que cerca de 500 milhões de pessoas tenham sido infectadas pelo vírus influenza, o causador da doença.
A Gripe Espanhola recebeu esse nome porque a imprensa da Espanha, fora da Primeira Guerra Mundial, passou a noticiar que civis estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes.
Todos os exércitos que se concentravam na Europa foram atingidos. Calcula-se que 80% dos soldados americanos em combate morreram devido à essa doença.
Tuberculose
Em seu auge, entre os anos de 1850 e 1950, o número de mortes por conta da tuberculose pôde ter chego a até um bilhão de pessoas. A doença infecciosa é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis. Ela existe desde a Antiguidade e permanece ativa até os dias de hoje, sendo altamente contagiosa.
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias. O pulmão é o principal órgão atacado. Os sintomas clássicos são tosse crônica com expulsão de sangue, escarro, febre, suores noturnos e perda de peso. A infecção de outros órgãos pode causar vários outros sintomas.
Atualmente, mais de 95% das mortes por tuberculose ocorrerem em países em vias de desenvolvimento, principalmente Índia, China, Indonésia, Paquistão e Filipinas. Em 2016, 1,3 milhões de infectados morreram no mundo.
Varíola
De 1896 a 1980, 300 milhões de pessoas morreram graças à varíola. A doença atormentou a humanidade por aproximadamente três mil anos, sendo erradicada nos anos 80 após uma campanha de vacinação em massa.
Nomes famosos como o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luís XV da França foram vítimas da temida “bexiga”. O vírus Orthopoxvírus variolae era transmitido de pessoa para pessoa, geralmente por meio das vias respiratórias.
O naturalista e médico britânico Edward Jenner foi o criador da vacina, deixando um grande legado para a história.
AIDS
O vírus HIV foi identificado em 1981, para o espanto da sociedade. Desde então, se calcula que aproximadamente 21 milhões de pessoas tenham morrido depois de contrair essa doença.
Incurável, essa Doença Sexualmente Transmissível (DST) possui tratamento para conseguir prolongar a vida do paciente. Os métodos de prevenção são bastante difundidos em todo o mundo, sendo o principal deles, o uso de preservativos nas relações sexuais.
À medida que a doença progride, ela interfere mais e mais no sistema imunológico, tornando a pessoa muito mais propensa a ter outros tipos de doenças, como infecções oportunistas e câncer.
Gripe Suína
A pandemia causada pelo vírus H1N1 teve um surto global, com os primeiros casos surgindo no México em março de 2009. No final do mês de abril, a OMS declarou Emergência de Saúde Pública em Âmbito Internacional.
Estima-se que até 1,4 bilhões de pessoas tenham contraído o vírus, mais de 20% da população mundial. Destes, 500 mil vieram a falecer.
Em agosto de 2010 foi anunciado o fim da pandemia, meses depois de a vacina passar a ser distribuída.
Ebola
O primeiro caso de contaminação pelo Ebolavirus aconteceu em 1976, na República Democrática do Congo. Depois, ocorreram outros três grandes surtos, em 1995, em 2007, e mais recentemente, em 2014. Ao todo, mais de 12 mil pessoas perderam a vida, a imensa maioria na África Ocidental.
O vírus tem uma taxa de mortalidade de até 90%. Outros mamíferos também são contaminados. O vírus é adquirido através do contato com o sangue ou outros fluidos corporais de alguém infetado, seja ser humano ou animal.
Além do custo humano, o surto corroeu severamente as economias dos países afetados. Um relatório do Financial Times em 2014 sugeriu que o impacto econômico do surto poderia matar mais pessoas do que o próprio vírus.
Tifo
Mais de três milhões de pessoas morreram entre 1918 e 1922 devido a um surto de Tifo. A doença tem uma origem similar à Peste Negra, sendo transmitidas por pulgas de ratos infectados.
O ambiente pós Primeira Guerra Mundial deixou a Europa um lugar extremamente propício para a propagação de doenças. Muita miséria, falta de saneamento básico e detecção acabou por espalhar ratos por todo o continente.
As doenças do tifo são por tipos específicos de infecções bacterianas. Não existe vacina disponível no mercado. Hoje em dia os casos são raros, sendo mais presentes no sudeste asiático.
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