
Forquilhinha
O ano de 1989 foi um ano histórico para Forquilhinha. Foi quando o distrito criciumense foi emancipado politicamente e ganhou o título de município. Enraizada por alemães, o território aos poucos foi ganhando forma e perdendo as características de Criciúma, sua cidade mãe.
Mas este começo não foi tão fácil. A aposentada, Ana Maria Maag Ricken, de 86 anos, lutou pela emancipação e conta que iniciar essa história foi desafiador. “Primeiramente foi uma surpresa conquistar o desmembramento da cidade. Quando estávamos em meio ao processo, o prefeito de Criciúma na época, o Altair Guidi, falou que o povo conquistaria a emancipação e depois de três anos pediríamos para voltar a fazer parte da cidade do carvão, porém, tudo isso não aconteceu e conseguimos nos desenvolver. Remar contra a maré foi uma tarefa desafiadora”, relata.
Segundo dona Ana, outro passo importante da história foi a eleição do primeiro prefeito da cidade, motivo de orgulho para ela. “Meu filho Vanderlei sempre gostou de comunicação e de política e isso culminou na eleição dele como prefeito de Forquilhinha. Meu coração trasbordou de alegria por esse acontecido. Hoje ao ver que as primeiras decisões tomadas por ele há 31 anos, fizeram com que nossa cidade se desenvolvesse e se tornasse esse lugar lindo e bom de viver” pontua.
Logo que ele foi eleito, Ana recorda que assumiu algumas atividades, o que na época era muito comum. “Naquele tempo, o Vanderlei perguntou se eu assumiria o desafio de chefiar e implantar os clubes de mães no município e aceitei. Como nós tínhamos muito contato com a irmã Norberta, que foi quem criou o primeiro clube de mães de Forquilhinha, isso facilitou o cumprimento dessa missão. Junto e inspirada por ela, criei esses movimentos de mulheres pela cidade”, relembra.
Personagens importantes
Segundo dona Ana, umas das marcas da etnia alemã são os seus personagens, entre eles, os irmãos Zilda Arns e Dom Paulo Evaristo Arns. Ela era missionária atuante da pastoral da criança, e ele, um padre que se tornou bispo, ocupando o cargo de arcebispo de São Paulo. “Muitas pessoas ajudaram a construir a cidade de Forquilhinha. Ficamos reconhecidos nacionalmente e mundialmente pelo trabalho realizado na Igreja Católica pelos irmãos Arns, família que também faz parte da luta pela emancipação”, detalha.
Conforme a aposentada, não só os Arns, foram importantes para a construção da imagem de Forquilhinha. “Inúmeras famílias deram a sua contribuição para lapidar esse diamante que é a nossa Forquilhinha”.
O que esperar do futuro?
Aos 86 anos, dona Ana relata que aposta no desenvolvimento. “Foi um começo muito bom, de muita felicidade, mas, com muitos desafios. Eu chego até aqui com um olhar positivo para a história que está chegando. É uma cidade de um povo trabalhador, próspero e acolhedor”, afirma.
Segundo ela, os votos são de felicidade para todos os forquilhinhenses. “Eu amo viver aqui, desejo somente coisas boas. Que as pessoas tenham sempre em seu coração a esperança e que elas valorizem sempre as nossas raízes alemãs, pois foi essa etnia que deu o ponta pé inicial para toda essa história de 31 anos”.
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