Criciúma: Município busca conscientizar população sobre esmolas

Segundo Secretaria da Assistência Social, doações costumam sustentar vício em drogas e bebidas, mantendo as pessoas nas ruas

Imagem meramente ilustrativa/Foto: Pixabay

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Criciúma

Uma cena que costuma se repetir em alguns pontos de Criciúma é parar o carro no semáforo e ser abordado por alguém pedindo ajuda em dinheiro. Ou, então, ser interpelado enquanto caminha pela rua, especialmente em áreas com maior circulação de transeuntes. Os motivos alegados para o auxílio são inúmeros, como dificuldade financeira e fome. Porém, por mais sincero que seja o pedido, a recomendação do Poder Público é evitar dar esmolas, já que, em boa parte dos casos, as pessoas em situação de rua usam as moedas para o consumo de drogas e bebidas alcoólicas.

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Conforme o secretário da Assistência Social de Criciúma, Paulo César Bitencourt, há meios mais adequados de auxiliar essas pessoas, como as orientando a procurar a Casa de Passagem ou o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP). “Aqueles em que já está muito impregnada a questão do vício das drogas, das bebidas, são os que vivem no automático de pedir moedas para sustentar cada vez mais esse vício. Por isso, a gente tem feito campanha constante conscientizando a população para evitar dar esmolas, porque a gente sabe o quanto isso sustenta essas pessoas nas ruas”, explica o secretário.

Segundo Bitencourt, apesar dessas pessoas em situação de rua terem conhecimento da existência de locais onde podem ser acolhidas em Criciúma, encontram na esmola a liberdade para manter o consumo de drogas e bebidas. “Eles sabem que tem uma população muito caridosa que acaba dando esses recursos que os mantêm na rua, fazendo com que a cada dia eles vão perdendo o tempo de vida pelo vício, e, em contrapartida, a gente acaba sustentando o tráfico, que vive por conta disso”, acrescenta.

Por isso, o trabalho voltado ao acolhimento dessas pessoas é constante no município. “Muita gente quer ajudar porque acha que eles não são bem cuidados pelo Poder Público. Mas a população tem que ter consciência que esses estão por aí por uma opção deles. Nós não temos o poder de obrigá-los a sair das ruas. O nosso poder é o poder do convencimento, então é isso que a gente tenta diariamente, quase sempre com os mesmos”, reforça o secretário.

 

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Em: Criciúma

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