Os motoristas que trafegam entre Urussanga, Cocal do Sul e Criciúma transportando cargas pesadas encontram uma barreira no caminho. Recentemente, a Prefeitura de Cocal do Sul emitiu um decreto proibindo a entrada, circulação, parada e estacionamento de caminhões acima de 25 toneladas ou com mais de 14 metros de comprimento em ruas da área central da cidade. Com isso, os condutores precisam buscar outros caminhos para seguirem viagem, o que tem gerado descontentamento entre a categoria.
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Conforme o presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores em Transportes Rodoviários, de Cargas e Passageiros de Criciúma e Região (Sintracril), Clésio Fernandes, o Buba, faltam trajetos alternativos. “Os motoristas precisam fazer muitos quilômetros a mais para ir a Urussanga e depois Morro da Fumaça. Não tem como passar nas outras ruas do Centro, porque elas saem na principal. Se o Anel Viário estivesse funcionando, era outra coisa. Mas assim não tem como”, destaca.
Além disso, de acordo com ele, há dificuldades em conseguir liberação para descarregar ou carregar cargas na área central, já que os motoristas precisariam deixar o veículo em algum lugar para buscar a autorização na prefeitura. “Se o prefeito não nos chamar para explicar tudo isso, vamos fazer uma manifestação na semana que vem”, afirma o presidente do Sintracril.
Prejuízos com o desvio
O desvio apontado pelo Município, para quem vem de Urussanga, é a Rodovia Genésio Mazon. Em outras rotas, há ainda trechos com estrada em chão batido, que dificultam a travessia e não são adequados a veículos desse porte.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logísticas do Sul de Santa Catarina (Setransc), Lorisvaldo Piuco, o desvio aumenta o tempo de viagem e os gastos com o combustível. “A opinião dos transportadores é que não pode as autoridades obstruírem a rodovia, impedindo o direito de ir e vir, sem oferecerem uma alternativa para isso. Para nós, isso é desastroso”, ressalta.
Conforme Piuco, representantes do sindicato devem buscar uma reunião com o prefeito de Cocal do Sul, Ademir Magagnin, para tentar resolver o problema.
Melhorias na mobilidade urbana
Ao todo, são quatro vias centrais que estão interditadas para veículos acima de 25 toneladas: Avenida Polidoro Santiago, Rua Guy Marcos Nunes de Souza, Rua Dr. Edson Gaidzinski e Rua Voluntários da Pátria. Placas de sinalização já foram fixadas entre Urussanga e Cocal do Sul e, até o dia 3 de julho, haverá um trabalho de conscientização sobre as mudanças. Posteriormente, os motoristas que infringirem a restrição serão multados.
Segundo o prefeito Magagnin, a determinação busca melhorar a mobilidade urbana na região central de Cocal do Sul. “Procuramos fazer uma alternativa de binário para atender um apelo da sociedade, para que não passasse mais caminhões pesados no Centro e foi isso que fizemos. Pensamos única e exclusivamente na segurança dos pedestres e para o trânsito fluir melhor”, enfatiza o gestor municipal.
Na avaliação do prefeito, com as adaptações, o trânsito está fluindo com mais rapidez e menos formação de filas. De acordo com ele, há atalhos que podem ser adotados pelos motoristas de caminhões, para encurtar a distância da viagem, como o que sai na SC-442. Já o Anel de Contorno Viário está com o projeto pronto, mas não há previsão para o Governo do Estado executar a obra.
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