Tigre: Voz embargada e pedidos de desculpas

Jaime Dal Farra fez questão de dar parabéns a Kleina pelo trabalho e deixou as portas do clube abertas para o profissional

Foto: Lucas Colombo/TN

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Tiago Monte

Criciúma

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Contratado em 13 de março, Gilson Kleina ficou 22 jogos à frente do clube. Foram seis vitórias, seis empates e 10 derrotas. Sem vencer há cinco jogos, a gota d’água para a demissão foi a derrota por 2 a 1, no sábado, para o Operário-PR, no Majestoso. Antes disso, a equipe perdeu para Vitória, CRB e São Bento, além de um empate diante do Figueirense. A última vitória aconteceu, diante do Coritiba, no dia 9 de julho, por 2 a 1 na retormada pós-Copa América. “Espero, onde estiver, poder ver o sonho e a ambição do Criciúma de chegar a Série A. Ao (João Carlos) Maringá (diretor de futebol do Criciúma), que é um grande parceiro, uma pessoa de um caráter, que eu até fico emocionado, porque esse cara me ajudou demais. Em momentos que eu também titubeei, eram palavras fortes, de consolo, de amigo… (nesse momento, Gilson faz uma pausa e se emociona). Cara, eu sinto muito, de coração, não poder te deixar onde você merece, mas abrace o próximo profissional que vem aí, que eu vou levar carinho daqui”, destacou, com a voz embargada, Kleina, durante o pronunciamento de despedida, na tarde de ontem, na Sala de Imprensa Clésio Búrigo, no Majestoso.

Desde a noite de domingo, boatos, nos bastidores, davam conta de que Kleina teria pedido um alto valor rescisório, o que impedia o acerto para a saída. Ele tratou de desmentir o fato. “A gente sabe que não podemos ser isentos de críticas, mas tem algumas criticas descabidas. Não é o profissional que vocês tem que analisar, a pessoa, e, sim, o trabalho. Tem coisas que eu fiquei um pouco preocupado e que chegaram em mim, que eu não concordo. Uma das coisas que eu não concordo foi colocar esses valores, que não são verdadeiros, jogando eu contra o torcedor. Isso é lamentável, porque isso cabe até eu ver bem certinho para saber de onde surgiu. Quem é a fonte e qual a informação. Até o presente momento, isso denigre a imagem de um treinador e não é assim, não é por aí. Temos total respeito com todos vocês e sempre foi assim que eu trabalhei”, enfatizou.

Kleina acreditava que o grupo de jogadores poderia mudar a situação nos dois jogos que faria em casa. “O meu respeito pelo Criciúma é porque foi aqui que eu comecei. Eu não dormi, de sábado para domingo, pensando que tudo aqui começou, foi o clube que me abriu as portas e me levou ao cenário nacional. A gente teve uma trajetória bonita, inclusive, falei isso para os torcedores, na última sexta-feira, e, infelizmente, não passava. Eu tinha certeza que teríamos a virada contra o Operário e contra o Sport, mas as coisas não aconteceram”, finalizou.

Neste ano, Doriva iniciou a temporada, mas foi demitido após 13 partidas à frente da equipe. Wilsão Waterkemper, auxiliar-técnico, comandou o time em duas partidas, ambas no Campeonato Catarinense, com uma vitória, frente ao Atlético Tubarão, e uma derrota para a Chapecoense, no Majestoso. Kleina, neste ano, teve 36.36% de aproveitamento. Os dados são do site meutimenarede.com.br. Na Série B são 30.95%. “Eu peço que joguem junto com essa gestão. O presidente fez um investimento valioso em mim e na minha comissão técnica. A gente tentou de tudo e futebol, às vezes, não é só investimento, são outros fatores. Não conseguimos agregar, no sentido, de resultado. Para mim, a única coisa que faltou, mas é o mais importante”, pontuou Kleina.

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